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Maíra Pinheiro, de acordo com a gestão de João Doria, foi detida e a primeira a ser multada pela Lei Cidade Linda, acusada de pichação. Detida pela Guarda Civil Metropolitana, Maíra contou à Fórum que foi intimidada, constrangida e assediada pelos agentes. Em nota, prefeitura afirma que "a estudante mente"
Por Redação
A estudante de Direito Maira Pinheiro foi detida na madruga de sábado (05), acusada de pixar um muro no centro de São Paulo. Ela seria, de acordo com informações da prefeitura, a primeira a pagar a multa instituída pelo projeto Lei Cidade Linda, do prefeito João Doria.
Em entrevista exclusiva concedida à Fórum, a estudante contou como foi a abordagem e acusou os agentes da Guarda Civil Metropolitana de intimidação, constrangimento e assédio.
A gestão municipal, por sua vez, enviou à Fórum uma nota respondendo às declarações de Maíra e, em meio aos supostos esclarecimentos que deveria dar, acusa a estudante de mentira.
Leia abaixo.
Devido à gravidade das acusações proferidas pela estudante contra agentes da Guarda Civil Metropolitana, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana apurou as denúncias, conversando com os agentes envolvidos na ocorrência, além de cruzar as informações declaradas com os dados da Central de Telecomunicações da Guarda Civil Metropolitana, responsável por monitorar o GPS de todas as viaturas da corporação. A apuração constatou que as acusações não procedem e que a estudante mente. As declarações atacam a moral e a reputação de servidores que prestam serviço para a GCM, sem jamais terem sofrido qualquer processo disciplinar por má conduta ou abuso de poder. Um desses servidores atua na corporação há 29 anos. Os guardas negam veementemente qualquer tipo de assédio supostamente sofrido pela jovem. O boletim de ocorrência reitera essa versão, pois ressalta que ela foi acompanhada durante o deslocamento da viatura por uma amiga, sem constar qualquer menção a assédio ou abuso de poder. Antes mesmo de entrar na viatura, a estudante pôde fazer uma ligação para solicitar uma advogada que acompanhou todo o depoimento que foi prestado para uma delegada plantonista do 8º DP no Brás. Voltamos a ressaltar que neste depoimento não há nenhuma menção aos episódios posteriormente relatados por ela. Quanto à acusação de ter dado voltas com a viatura, o monitoramento do veículo comprova que ela foi abordada pela GCM às 3h45 do dia 04/03. Foi conduzida até o Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania – DPPC, órgão responsável pela apuração de crimes ambientais, na Avenida São João, 1247, às 04h02. No local, a delegacia estava fechada, e a equipe foi orientada a conduzir a suspeita até o 2º Distrito Policial, na Rua Jaraguá, 383, lá chegando às 04h12. Neste local, os plantonistas informaram que a área do crime ambiental seria de responsabilidade do 8º DP, na Rua Sapucaia, 206, no Brás – onde a viatura chegou às 04h27. A estudante volta a mentir quando diz não ter sido informada sobre o crime pelo qual ela estava sendo acusada. A Guarda Civil Metropolitana encontrou a jovem em flagrante no ato da pichação e informou desde o princípio que se tratava do crime ambiental previsto no Art. 65 da Lei de Crimes Ambientais 9605/98. Lamentamos profundamente a exposição e o constrangimento que sofreram os funcionários da GCM devido às declarações, em vídeo, divulgadas pela estudante. Os Guardas envolvidos na ocorrência estudam entrar com um processo por danos morais contra a jovem. A Secretaria de Segurança Urbana reitera a confiança nos agentes que fazem parte da corporação e se coloca a disposição para qualquer esclarecimento quanto à conduta de qualquer um deles, estando sempre aberta ao recebimento de denúncias através da Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana.