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Trabalhadores de cidades do interior paulista também se uniram às paralisações e mobilizações que ocorrem em todo o país contra o governo Temer e sua "reforma" da Previdência
Por Bruno Galiego, colaborador da Rede Fórum
O Dia Nacional de Paralisação Contra a Reforma da Previdência, que acontece em todo o Brasil nesta quarta-feira (15), foi marcado por diversos atos no interior de São Paulo, principalmente em Jundiaí e região. Destaque para o Sindicato dos Metalúrgicos, que iniciou na madrugada sua maratona de assembléias, e para o Movimento Intersindical Unificado, que realizou um manifesto no centro de Jundiaí durante a manhã.
O Sindicato dos Metalúrgicos realizou assembleias com pauta voltada para a reforma da Previdência em grandes empresas do ramo como Foxconn e KSB, de Jundiaí, Thyssenkrupp, de Campo Limpo Paulista, e Continental, de Várzea Paulista.
O presidente da entidade, Eliseu Silva Costa, marcou presença nos atos e não deixou de enfatizar que a luta é mais do que necessária neste momento. “Os companheiros precisam entender que, no congresso, nós temos poucos representantes da causa trabalhista. A maioria dos parlamentares são empresários e latifundiários. Esse fato precisa passar por uma reflexão para que possamos escolher melhor os nossos representantes. E claro, para que possamos fortalecer ainda mais a nossa luta”, disse.
Formado por 17 sindicatos de diferentes categorias, o Movimento Intersindical Unificado realizou um ato público, às 9h, no centro de Jundiaí. A ação reuniu cerca de 200 pessoas. O microfone estava aberto para a população e os manifestantes distribuíram informativos com conteúdo voltado para a reforma da Previdência.
A articuladora do Movimento, Fé Juncal, afirmou que a reforma da Previdência precisa ser debatida com transparência junto aos movimentos de trabalhadores e aposentados. “É uma proposta muito rígida que não está sendo debatida como deveria. As mulheres serão as que mais vão sofrer com essa reforma, em todas as categorias. Também não podemos esquecer dos aposentados, que também irão sair perdendo por causa da desvinculação do salário mínimo. Há 92 anos nascia a previdência aqui em Jundiaí, graças aos trabalhadores ferroviários. Agora, a Lei Eloy Chaves está sendo destruída”, declarou.
Abaixo assinado
Em todos os atos, foram colhidas assinaturas dos trabalhadores para um abaixo-assinado em apoio à CPI da Previdência, de autoria do senador Paulo Paim, que tem por objetivo passar a limpo a verdade sobre o suposto “rombo” na Previdência. Já foi demonstrado que, em 2015, apesar da recessão, não houve rombo, como o governo alega. Houve, na verdade, um superávit de mais de R$ 11 bilhões.
Foto: Bruno Galiego / Rede Fórum