Governo Temer apresenta ministra de Direitos Humanos com título da ONU que não existe

Homenagem recebida por Luislinda Valois não era da ONU, mas de uma instituição chamada UPF, criada por um líder religioso sul-coreano conhecido por Reverendo Moon.

Brasília - A secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luislinda Valois participa do lançamento da cartilha: Racismo é Crime (Wilson Dias/Agência Brasil)
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Homenagem recebida por Luislinda Valois não era da ONU, mas de uma instituição chamada UPF, criada por um líder religioso sul-coreano conhecido por Reverendo Moon Por Redação A desembargadora aposentada Luislinda Valois (PSDB), que comandará o recém-criado Ministério dos Direitos Humanos, foi apresentada pelo Palácio do Planalto como tendo recebido o título de “embaixadora da paz” da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2012. Porém, o título sequer existe. Na realidade, ela foi homenageada pela ONG UPF (Federação para a Paz Universal, na tradução em inglês), uma entidade criada pelo líder religioso sul-coreano Sun Myung Moon, mais conhecido como Reverendo Moon. A ONU tem uma parceria com a organização, mas afirma que nenhuma instituição ou empresa tem autorização para falar em seu nome. Os informativos do governo de Michel Temer sobre a ministra não traziam a informação de que o título era da UPF e não da ONU. Luislinda também foi apresentada incorretamente como primeira juíza negra do Brasil, mas o Tribunal de Justiça da Bahia a classifica como a terceira do Estado. Com informações da Folha de S. Paulo Foto: Wilson Dias/Agência Brasil