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Ministro afirmava ter feito Pós-Doutorado pela USP, mas, pressionado, desmentiu a informação; ele também foi denunciado ao Conselho de Ética da instituição por plágio a um escritor espanhol
Por Redação
No currículo Lattes do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, na Universidade de São Paulo (USP), consta a informação de que, entre os anos de 1998 e 2000, ele adquiriu o título de Doutor em Direito. E entre 1997 e 2000 teria realizado o Pós-Doutorado, também pela USP. Porém, a incoerência de começar um Pós-Doutorado antes do Doutorado em si foi apontada pelo professor de Geografia da instituição, César Simoni.
No entanto, no currículo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPQ), estava descrito apenas o título de Doutor e Livre-Docente, sem menção ao polêmico Pós-Doutorado. Procurada, a assessoria de Alexandre de Moraes informou que ele não possui o título de Pós-Doutor e a informação no Lattes trata-se de “um erro de preenchimento da sua Secretaria e que já foi corrigido”.
Plágio
Nesta segunda-feira (13), os deputados federais Wadih Damous (PT-RJ) e Paulo Pimenta (PT-RS) e o advogado Márcio Sotelo Felipe ingressaram com uma ação contra o ministro por plágio acadêmico no Conselho de Ética da USP.
A iniciativa surgiu após matéria veiculada pelo jornal Folha de São Paulo, intitulada “Obra de Alexandre de Moraes tem trechos copiados de livro espanhol”. A reportagem se baseou na denúncia feita pelo diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fernando Jayme, que teria alertado em uma rede social para trechos idênticos entre as obras, sem a devida menção da fonte.
A representação contra o ministro defende que o conselho o responsabilize com a perda dos títulos outorgados pela USP, além da exoneração por comportamento incompatível com a instituição. Alexandre deverá passar por uma sabatina no Senado Federal para o exercício de cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), por indicação de Michel Temer, mas precisa provar que possui “notável saber jurídico e reputação ilibada” para ocupar o posto.
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Com informações do site Justificando