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O texto "Terreno para Instituto Lula foi comprado por terceiro, diz delator" trabalha com um suposto vazamento de uma delação sigilosa - isto é, o vazamento é ilegal - sobre a compra de um terreno que o instituto já comprovou não ser seu. Matéria fornece ainda falsas informações e se baseia no que o delator "ouviu dizer". Confira
Por Redação
O Instituto Lula divulgou, na tarde desta segunda-feira (13), uma nota em que desmonta toda a matéria divulgada também nesta segunda-feira pelo jornal Valor Econômico intitulada "Terreno para Instituto Lula foi comprada por terceiro, diz delator".
A reportagem trabalha com uma suposta delação sob sigilo do ex-executivo da Odebrecht Paulo Ricardo Baqueiro de Melo que teria vazado. Como a delação era sigilosa, seu suposto vazamento seletivo é ilegal.
Como se não bastasse a ilegalidade do vazamento, o jornal afirma ainda que na delação, Paulo Ricardo diz que "ouviu dizer" que houve uma suposta compra de um terreno para o Instituto Lula.
"Uma parte da imprensa tem de recorrer a vazamentos ilegais para continuar sua tarefa de gerar manchetes contra Lula. Mesmo que, para isso, tenham de recorrer ao "ouvi dizer" e a documentos sem comprovação".
Sobre o terreno em questão, inclusive, o Instituo Lula já esclareceu e comprovou que nunca teve este terreno. O instituo está sediado no mesmo imóvel desde 1991.
A nota do instituto do ex-presidente chama a atenção ainda para outra informação da matéria que não procede. O texto diz que o juiz Sérgio Moro ouvirá testemunhas deste processo ainda esta semana. O processo em questão, no entanto, ainda não está em fase de audiências com o juiz.
Confira abaixo a íntegra da nota do Instituto Lula.
O jornal Valor Econômico de hoje traz texto com um suposto vazamento de uma suposta delação de um executivo da Odebrecht. Como a delação está sob sigilo, esse vazamento seletivo é ilegal. O texto do jornal alega que o tal executivo ouviu dizer que houve uma suposta compra de um terreno para a sede do Instituto Lula. Como já dissemos em outras ocasiões, esse suposto terreno nunca foi do Instituto, que está sediado na mesma casa desde 1991. Uma parte da imprensa tem de recorrer a vazamentos ilegais para continuar sua tarefa de gerar manchetes contra Lula. Mesmo que, para isso, tenham de recorrer ao "ouvi dizer" e a documentos sem comprovação. Outro problema são os erros factuais a respeito da agenda de audiências do processo. O texto diz que Sérgio Moro irá ouvir testemunhas desse processo essa semana, o que não procede de forma alguma. O processo em questão ainda não está na fase de audiências com o juiz. Trata-se de mais um erro primário e grosseiro do jornal. As acusações trazidas por delações vazadas com estardalhaço para parte da imprensa brasileira não têm se confirmado nos depoimentos desses mesmos delatores. Todos os ouvidos até agora afirmaram, frente ao juiz, não ter conhecimento de qualquer ilegalidade ou vantagem indevida obtida pelo ex-presidente Lula. São Paulo, 13 de fevereiro de 2017