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Um jovem levou uma "gravata" por estar de skate na estação, outro um soco por estar embriagado, e um terceiro foi espancado por ficar sentado no chão - isso tudo só em São Paulo. Esses e casos como o de Brasília, em que uma chilena foi agredida por cantar na estação, mostram que andar de metrô no Brasil tem se tornado uma prática cada vez mais perigosa
Por Redação
No último sábado (11) um rapaz que estava aparentemente embriagado e que gritava na estação Barra Funda do Metrô e da CPTM em São Paulo foi agredido por seguranças. Imagens do circuito interno de segurança mostram que o jovem, ao ser abordado, dá um empurrão em um dos seguranças, que revida com um soco no rosto da vítima, que cai sentado. O Metrô informou que afastou o segurança para apurar o caso.
Esse é o terceiro episódio de violência envolvendo seguranças da estação Barra Funda em menos de uma semana. No dia 5 de fevereiro outro jovem foi agredido por estar de skate na estação. Ele levou uma "gravata" de um dos seguranças. Na terça-feira (7), um estudante foi lançado ao chão, teve o pescoço prensado pela perna de um dos seguranças, foi levado para um corredor e espancado por ficar sentado no chão da estação para esperar a namorada. Nesses dois últimos casos, o Metrô informou que faria a apuração, mas não informou se os profissionais foram punidos.
Os três episódios de violência em menos de uma semana mostram que andar de metrô tem sido uma prática cada vez mais perigosa dada a violência dos funcionários de empresas terceirizadas - boa parte deles ex-policiais ou policiais fazendo "bico".
A brutalidade não é uma exclusividade de São Paulo. Na última quarta-feira (7), por exemplo, uma jovem chilena foi agredida e detida por seguranças de uma estação de metrô em Brasília por estar cantando na estação.