O atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, e o ex-presidente da confederação, Ricardo Teixeira, foram indiciados pelos mesmos sete crimes da acusação de Marin. Mas os dois estão no Brasil, país que não extradita seus cidadãos, e, portanto, estão longe do alcance das autoridades americanas. As acusações contra eles não serão retiradas.
No mesmo julgamento, foi condenado também o ex-presidente da Conmebol, Juan Angel Napout - o veredito do ex-presidente da Federação Peruana de Futebol, Manuel Burga, foi o único ainda não revelado. Das cinco acusações, Napout foi inocentado em duas: lavagem de dinheiro na Libertadores e na Copa América. Marin foi acusado de receber US$ 6,5 milhões em propinas durante os três anos em que mandou na CBF – de 2012 a 2015. O dinheiro era pago por empresas de marketing esportivo, em troca de contratos de direitos de transmissão e marketing de campeonatos de futebol.Ao longo de seis semanas de julgamento, os esquemas de corrupção foram detalhados por empresários que pagavam esses subornos – como o brasileiro J. Hawilla, da Traffic – e por outros dirigentes que receberam esses subornos. A defesa de Marin tentou desqualificar os delatores, mas falhou.
José Maria Marin chegou à presidência da CBF em 2012, aos 80 anos, quando Ricardo Teixeira renunciou, acossado por denúncias de corrupção no Brasil e no exterior. Como era o mais velho dos cinco vice-presidentes, Marin assumiu. Imediatamente nomeou Marco Polo Del Nero seu vice e passaram a dividir o poder.
*Com informações do Globo Esporte
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