Doria não desmente Jô Soares e diz que não vai estimular o conflito

Foto: Reprodução/Facebook João Doria
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Jô Soares revelou em entrevista o gesto deselegante do prefeito em um encontro que tiveram em 1989 e, diferentemente de outras ocasiões em que foi criticado, Doria resolveu jogar panos quentes e não devolver a crítica e nem desmentir, como costuma a fazer Por Redação O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), por algum motivo deixou de lado suas respostas rápidas e afiadas e resolveu jogar panos quentes diante da declaração feita pelo apresentador Jô Soares nesta quinta-feira (21). Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. Durante uma entrevista à TV Jovem Pan, Jô revelou o contato que teve com o político durante a eleição presidencial de 1989, que levou Fernando Collor de Mello à presidência, cujo destino todos sabem. À época, Jô votava na mesma zona eleitoral de Doria. O apresentador, que votou no então candidato Mário Covas, foi surpreendido com um gesto, no mínimo, deselegante do atual prefeito de São Paulo, que apoiava e fazia campanha para o “caçador de marajás”. Doria abraçou Jô e sem que ele percebesse colou um adesivo nas costas do artista com os dizeres “Vote em Collor”. Questionado sobre a revelação de Jô Soares, Doria teria se esquivado e dito que não que brigar com o apresentador. "Respeito Jô Soares e sua biografia. Em nome disto, não estimularei o conflito", teria dito o prefeito, de acordo com o jornalista Domingos Fraga. A reação de Doria com relação à revelação de Jô foge aos seus hábitos. Em outras ocasiões em que foi alvo de declarações críticas ou mesmo criticado diretamente, o tucano deu respostas afiadas e devolveu a crítica ao interlocutor. Assim foi, por exemplo, como quando atirou ao chão uma flor entregue por uma ciclista de São Paulo, que protestava contra as mortes no trânsito. Assim foi também quando xingou manifestantes do Levante Popular da Juventude, que promoveram um protesto em frente sua residência. A reação de Doria foi ainda mais truculenta na ocasião em que foi criticado pelo ex-governador e correligionário Alberto Goldman; no episódio, chamou o tucano de "preguiçoso" e "fracassado". Também teve a vez em que Doria mandou um manifestante ir "procurar sua turma em Curitiba", tudo porque o homem afirmou, em uma inauguração do Minha Casa, Minha Vida, que aquela não era uma obra do prefeito.