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Após uma segunda testemunha afirmar que a Globo pagou propinas a dirigentes da CBF, da Fifa e de outras confederações, a empresa afirma que comprou os eventos de boa fé e diz ter sido enganada pelos delatores que venderam a ela esses mesmos direitos de transmissão.
Da Redação*
Parece que, com as novas evidências, A Globo não nega mais as propinas no futebol pagas por ela própria para que pudesse ter exclusividade nos direitos de transmissão de eventos esportivos, como a Copa do Mundo, o Campeonato Brasileiro e torneios sul-americanos. Em uma readequação de seu discurso, a empresa afirma ter sido lesada pelos donos da empresa T&T – Alejandro Burzaco e Jose Eladio Rodriguez – que a teriam "enganado".
No Jornal Nacional desta quarta (29), essa nova linha de argumentação foi testada. Diante das evidências de que a emissora corrompeu cartolas para ter exclusividade no futebol, a empresa afirma que comprou os eventos de boa-fé e diz ter sido ludibriada pelos delatores que venderam a ela esses mesmos direitos de transmissão.
Segundo nota lida por William Bonner (confira aqui), a Globo ficou "surpresa" ao saber das propinas pagas pela subsidiária da Globo na Holanda à T&T na Holanda. No entanto, os dois delatores dizem ter sido orientados pela própria Globo a abrir uma empresa no país europeu para que a concessionária pública brasileira pudesse corrompê-los e gerar propinas que fossem pagas a dirigentes como José Maria Marin, Marco Polo del Nero (ambos na foto) e Ricardo Teixeira.
As propinas relacionadas apenas às Copas de 2026 e 2030, divididas com outras emissoras, somariam R$ 50 milhões.
*Com informações do Brasil 247
Foto: Divulgação