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Reginaldo Carlota (PTB) revelou que já havia recebido mais de 500 pedidos em uma semana. De acordo com o delegado Marcelo Carriel, pessoas que estiverem com o objeto podem responder criminalmente.
Da Redação*
Ele havia prometido distribuir gratuitamente socos-ingleses para mulheres como forma de defesa, mas acabou desistindo da ideia. Reginaldo Carlota (PTB) (foto), vereador de Itu, interior de São Paulo, enviou e-mail à imprensa, afirmando que a distribuição foi cancelada por conta da “desistência de alguns parceiros da empreitada”. E justificou: “Para evitar conflitos desnecessários, o vereador decidiu não mais distribuir o produto”.
Inicialmente, a proposta era de oferecer cerca de 5 mil unidades de soco-inglês para o público feminino de todo o Estado de São Paulo. “Sinto de verdade pelas mulheres que realmente queriam o produto, recebi mais de 500 pedidos em uma semana”, escreveu Carlota em sua página no Facebook. O soco-inglês é considerada uma arma branca, feita de metal, plástico e fibra de carbono, com quatro orifícios para encaixe dos dedos como anéis, causando mais danos e ferimentos à vítima atingida por um soco.
No e-mail enviado à imprensa para divulgar a ação, o vereador afirmou que a iniciativa era uma forma de dar às mulheres meios para que pudessem “se defender de vagabundos”. “No Brasil, mulheres andam quase o tempo todo desarmadas e mesmo as que têm um maior potencial de reação são vítimas por estarem naturalmente em desvantagem contra um homem, geralmente mais forte”, afirmou.
Contudo, a medida contrariou opiniões. De acordo com a advogada criminalista e atual presidente da OAB de Itu, Liliane Gazzola Faus, é preciso verificar a finalidade do uso do objeto.
Para o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, o parlamentar e também as pessoas que portarem o objeto podem responder por crimes. “O vereador pode incorrer ao crime de apologia ao crime e quem estiver portando essa arma, que se equivale a uma faca ou arma branca, vai responder por contravenção penal”, explica.
*Com informações do G1
Foto: Divulgação