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O ator pornô, após perder um processo para a ex-ministra Eleonora Menicucci, afirmou que o juiz julgou "com a bunda", e o magistrado passou a ser perseguido por seguidores de Frota nas redes sociais. Na nota, entidade prometeu ajudar as autoridades a "coibir a difusão de crimes de ódio e preconceito"
Por Redação
As declarações preconceituosas do ator pornô Alexandre Frota não estão mais passando ilesas. Recentemente, Frota perdeu um processo para a ex-ministra Eleonora Menicucci depois que ela teceu críticas contra ele por uma declaração sobre o suposto estupro de uma mãe de santo. Depois, foi obrigado pela Justiça a retirar postagens ofensivas à Caetano Veloso e Paula Lavigne. Agora, é alvo de uma nota de repúdio da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis).
A nota, assinada pelo presidente da entidade e divulgada no último dia 25, não cita diretamente o nome de Frota, mas menciona " os ataques absolutamente descabidos desferidos por um ator com grande número de seguidores em mídias sociais, e a seguir reproduzidos pela imprensa, contra um respeitado magistrado paulista". Trata-se de uma referência indireta à fala de Frota, poucos dias antes, assim que saiu do tribunal em que perdeu o processo para Menicucci.
Em vídeo postado nas redes sociais, o ator afirmou que o juiz em questão não julgou com a cabeça, mas "com a bunda", e que era um "militante do movimento gay". A partir das declarações, o juiz passou a ser atacado pelas redes sociais por seguidores de Frota.
Na nota, a entidade afirma que "oferecerá ao magistrado ofendido o suporte necessário para que ingresse com as medidas necessárias para cessar os ataques e reparar a sua honra e dignidade" e promete ajudar as autoridades a "coibir a difusão de crimes de ódio e preconceito".
Confira a íntegra.
Nota Oficial da APAMAGIS sobre comentários contra respeitado magistrado paulista
A APAMAGIS – Associação Paulista de Magistrados vem a público repudiar os ataques absolutamente descabidos desferidos por um ator com grande número de seguidores em mídias sociais, e a seguir reproduzidos pela imprensa, contra um respeitado magistrado paulista.
As ofensas foram perpetradas por uma pessoa de projeção nacional que não se conformou com decisão extremamente bem fundamentada e cercada de todas as garantias processuais. Não custa lembrar que as partes possuem o direito de não concordar e até mesmo se insurgir contra os atos judiciais, dentro dos limites previstos na Constituição Federal.
Causa perplexidade, no entanto, que as agressões descabidas e os termos chulos e preconceituosos ainda ganhem projeção em respeitados veículos de comunicação, que deveriam dar ao ofensor aquilo que merece: o ostracismo.
De outro lado, a APAMAGIS, como sempre o fez, oferecerá ao magistrado ofendido o suporte necessário para que ingresse com as medidas necessárias para cessar os ataques e reparar a sua honra e dignidade.
A entidade também envidará esforços para que as autoridades competentes procedam as investigações e ações judiciais necessárias para coibir as flagrantes práticas criminosas, como a difusão de crimes de ódio e preconceito.
São Paulo, 25 de outubro de 2017.
Oscild de Lima Junior