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Não param de surgir iniciativas em prol da liberdade artísitica depois do levante fascista contra museus e artistas. Agora, são os mineiros que sairão às ruas em protesto
Por Redação
O levante direitista contra a arte pode até ter conseguido fechar exposições ou pressionar artistas mas, por outro lado, despertou em uma parcela da população a necessidade de defender a liberdade artística. Logo na semana em que a exposição "Queermuseu" em Porto Alegre (RS) foi fechada graças à pressão de grupos de direita, duas editoras lançaram a "semana da arte degenerada", oferecendo descontos em livros de teor sexual como forma de fazer frente ao levante censor.
Depois de mais ataques, como os desferidos à peça "Jesus Rainha do Céu" ou ainda à performance do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), a editora Kazuá, a Cia. cachorra, Usina Da Alegria Planetária e artistas independentes organizaram o "Festival da Arte Degenerada" em São Paulo. Marcado para domingo (8), o festival é mais uma iniciativa em prol da liberdade artística em meio a tantas outras.
Os mineiros, por exemplo, também sairão às ruas contra a "caretice". Foi marcada para o dia 21 de outubro, em Belo Horizonte, a "1ª Pedalada Pelada Contra a Caretice", em que os ciclistas se propõe a ficarem nus para fazer frente aos ataques da direita.
"Chega de caretice e retrocesso. A arte é livre, provocativa, questionadora e induz à reflexão e à discussão social de maneira saudável", dizem os organizadores do evento, que já conta com mais de 3 mil pessoas interessadas. Quase 800 pessoas já confirmaram presença. Saiba mais aqui.
Belo Horizonte, inclusive, voltará a receber a peça "Jesus Rainha do Céu", alvo de polêmica e tentativa de censura quando estava sendo encenada em Jundiaí (SP). A peça apresenta uma transexual interpretando Jesus Cristo.