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Deputado afastado recebeu a notificação da votação do processo de cassação de seu mandato pelo Diário Oficial da União após três tentativas da Secretaria Geral da Câmara
Por Redação
Réu em ação por mentir à CPI da Petrobras ao dizer que não possuía contas bancárias fora do Brasil, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou à presidência da Câmara, foi notificado da data da votação que pode decidir seu futuro político por meio do Diário Oficial da União nesta quinta-feira (8). O processo contra Cunha será votado no próximo dia 12, com sessão convocada para 19h.
A notificação ocorreu desta forma devido à dificuldade que a Secretaria Geral da Câmara encontrou em avisar via servidor e carta o deputado. Foram feitas três tentativas, incluindo o envio à residência e aos gabinetes funcionais de Cunha em Brasília, além de seu apartamento no Rio de Janeiro.
O peemedebista tentou tudo o que foi possível para adiar a sessão que decidirá seu destino como parlamentar. Nos bastidores da Câmara, fala-se na interferência do presidente empossado Michel Temer, que teria pressionado a base aliada do partido na Casa para que a votação ocorresse após a conclusão do processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff.
Para que Eduardo Cunha seja afastado da Câmara definitivamente, perdendo seu mandato, serão necessários 257 votos. Para a oposição, que pede a cassação de Cunha, a votação em separado do impeachment e do mantenimento dos direitos políticos de Dilma Rousseff pode se tornar um impasse durante a cassação de Cunha, uma vez que se acredita que seus aliados devem utilizar o precedente criado para salvar os direitos políticos do parlamentar.
Foto: Lula Marques/ Agência PT