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"Ele é um acervo privado, mas de interesse público. Eu não posso nem vender! E como o Estado não tem condições de cuidar disso você dá para uma pessoa privada cuidar disso", afirmou Paulo Okamoto sobre o acervo em questão, uma das peças da investigação contra Lula, que é composto basicamente de cartas, artesanatos e outros presentes que o ex-presidente recebia
Por Victor Labaki
O presidente do Instituo Lula, Paulo Okamotro, declarou nesta quinta-feira (15) que também está "indignado" com a acusação do MPF contra Lula e ele. Um dos aspectos da denúncia é o pagamento à empreiteira OAS pelo acervo de presentes recebido por Lula durante seus dois mandatos.
"Nunca conseguiria imaginar que o sistema de Justiça brasileiro ia funcionar da maneira que está funcionando. Então é uma coisa a gente fica pensando: Onde nós vamos ter a oportunidade de se defender?".
Para Okamotro, "há uma política deliberada em criticar o Instituto Lula". Segundo ele o acervo presidencial deveria ser responsabilidade do Estado brasileiro, mas não há nenhuma lei a respeito disso.
"Talvez o erro original seja da lei que não prevê que esses acervos devam ser abrigados pelo Estado. O Estado vai manter, vai conservar e depois disponibiliza aquilo que for de interesse público para a sociedade. Acho que isso resolve, um Presidente da República não tem salário, um Presidente da República não tem estrutura para bancar isso. Então não necessariamente ele é obrigado a montar uma instituição e ficar pedindo dinheiro para empresa para bancar", disse.
O presidente do instituto disse que só procurou a OAS porque foi a primeira empresa que ele encontrou.
“Se eu tivesse encontrado o Pão de Açúcar, teria pedido”, afirmou.
Okamotto interpreta a acusação do MP a respeito do acervo como "uma falta de informação ou má fé".
"Eu interpretei como uma falta de informação ou má fé, eles sabem que esse acervo não tem nenhum interesse econômico tem apenas interesse cultural histórico", conta.
Ele disse que o acervo é composto de cartas, papéis, artesanatos, bonés, camisetas e outros presentes que Lula ganhava durante suas viagens pelo Brasil e para o exterior.
"Ele é um acervo privado, mas de interesse público. Eu não posso nem vender! E como o Estado não tem condições de cuidar disso você dá para uma pessoa privada cuidar disso", completou. "O Lula é uma pessoa querida, onde ele vai as pessoas dão coisas para ele. Dão crucifixo, dão bíblia, dão centenas bíblias para ele", comentou.