Polícia identifica dez suspeitos de ofender Joanna Maranhão nas redes sociais

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O advogado da atleta, Fabiano Machado, disse que Joanna vem sofrendo ameaças desde segunda-feira e levou cópias impressas de mais de 250 comentários ofensivos para ajudar a polícia. Por Redação A nadadora Joanna Maranhão registrou na sexta-feira (13) uma ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, no Rio de Janeiro, em que relata as ameaças e ofensas que recebeu nas redes sociais nos últimos dias. “A Preta Gil já passou por isso, a Maju, a Letícia Sabatella, quantas mulheres vão sendo agredidas porque as pessoas quando estão atrás do computador elas se acham no direito, elas acham que estão impunes, e não é bem assim”, disse a nadadora. O advogado da atleta, Fabiano Machado, disse que Joanna vem sofrendo ameaças desde segunda-feira e levou cópias impressas de mais de 250 comentários ofensivos para ajudar a polícia. “Há toda a sorte de barbaridades, essas pessoas pensam que estão protegidas por anonimato e elas não estão”, justificou Fabiano. Leia também: Eliminada e xingada, Joanna Maranhão desabafa: "Brasil é racista, machista e homofóbico A delegada Daniela Terra, responsável pelo caso, disse que já identificou pelo menos dez suspeitos de terem ofendido Joanna Maranhão. Eles podem responder pelos crimes de ameaça, injúria, difamação e incitação ao crime. “Todo crime deixa rastro, independentemente se é feito pela rede social ou não”, afirmou. Joanna disse que recebeu comentários ofensivos por conta de suas “posições políticas”. “O que mais me preocupou foram os comentários usando a questão do estupro e as tentativas de desqualificar as pautas progressistas que eu defendo, tirando-as do contexto. Isso me magoou bastante. Questionar a minha performance, sinceramente, eu não ligo, porque sei o valor que tenho como atleta”, disse. Joanna também acrescentou que tem recebido muito apoio do público. “Recebi muito carinho e costumo dizer que, quando eu vou para rua, parece que essas pessoas que me ofenderam não existem, não tem rosto, só ficam atrás de um computador. Eu não quero que outros casos apareçam ou que pessoas sejam inibidas de se posicionar politicamente porque existe um grupo que acredita que a internet é impune – e não é. Está dentro de mim a vontade de fazer a diferença e de me sentir útil”, completou. Depois de ter sido eliminada na prova dos 200 metros borboleta na última terça-feira, Joanna deu uma entrevista forte em que contou as ofensas e ameaças que tem sofrido. "Não é possível alguém desejar que você seja estuprada ou que morra. Não precisa gostar de mim, mas é necessário ter respeito".