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De acordo com os dados divulgados pelo TCE, o valor médio do metro quadrado da ciclovia construída pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) custou R$ 1.258, muito superior aos R$ 200 gasto pelas prefeituras de São Paulo e Campinas, comandada por Jonas Donizette, do PSB.
Por Redação
Um relatório da Fiscalização do Tribunal de Conta do Estado (TCE) mostrou que a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), comandada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), gastou seis vezes mais do que a gestão do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para construir uma ciclovia provisória na Marginal do Rio Pinheiros.
De acordo com os dados divulgados pelo TCE, o valor médio do metro quadrado da ciclovia do Metrô custou R$ 1.258, muito superior aos R$ 200 gasto pelas prefeituras de São Paulo e Campinas, comandada por Jonas Donizette, do PSB.
O governo de São Paulo decidiu fazer a pista de 7,7 km no início de 2014 por conta de uma obra na Linha 17-Ouro do Monotrilho que causou interdição da ciclovia original da Marginal do Pinheiros, entre a Vila Olímpia e a ponte João Dias.
Além das diferenças de custo em relação as prefeituras, o TCE aponta para um aumento dos custos e atrasos da obra. Os gastos do governo do Estado de São Paulo para a construção saltaram de R$ 1,4 bilhão para R$ 3,1 bilhões. No início a Linha 17 teria 18 km de extensão, e ligaria a Linha 1-Azul à Linha 4-Amarela, mas o governo Alckmin cancelou metade do trecho planejado e o previsto para sair do papel é a ligação entre Congonhas e a Marginal Pinheiros.
"Os elementos existentes no processo demonstram que a Companhia do Metropolitano de São Paulo embarcou em uma aventura quando decidiu construir a Linha 17-Ouro", afirma Antônio Roque Citadini, conselheiro do TCE, que solicitou um pedido de explicações com mais de 70 perguntas ao Metrô sobre os atrasos e custos da obra.
Foto de Capa: André Tambucci / Fotos Públicas