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O político foi detido na manhã desta segunda-feira (25) depois de ter se deitado no chão para impedir uma reitegração de posse em um terreno ocupado na zona oeste de São Paulo. Ele foi encaminhado ao 75º DP, no Jardim Arpoador, onde prestou depoimento e foi liberado
Por Redação
Em uma nota divulgada nesta segunda-feira (25), o governo do Estado de São Paulo disse que o ex-senador e atual candidato a vereador, Eduardo Suplicy (PT), se "aproveitou da fragilidade das famílias para tumultuar" a reintegração de posse do terreno da prefeitura, na zona oeste de São Paulo.
O governo “lamenta que o ex-senador Eduardo Suplicy tenha aproveitado a fragilidade de famílias para tumultuar uma reintegração de posse em cumprimento a uma ordem judicial solicitada pela Prefeitura de São Paulo, dona do terreno”, diz a nota.
A nota diz ainda que o ex-senador "insistiu na obstrução da via mesmo após negociação. A oficial de Justiça Vilma Martins Coelho deu ordem de prisão ao ex-senador.”
Suplicy foi detido na manhã de hoje depois de ter deitado para impedir o avanço da tropa de choque contra os moradores. Ele foi levado ao 75º DP, no Jardim Arpoador aonde prestou depoimento e foi liberado por volta das 14h20. Outras duas pessoas foram presas.
Ao sair da delegacia, o ex-senador disse que se pôs na frente da Polícia Militar para evitar uma cena de “violência incontrolável”.
“Um grupo de policiais militares estava avançando com escudos e com uma escavadeira logo atrás e do outro lado estavam os moradores, pelo menos 80 pessoas, e começou a ter um encontro daquelas pessoas com os policiais. Eu vi que eles estavam quase empurrando uns aos outros e eu fiquei com receio que pudesse haver uma cena de violencia quase incontrolável e eu pensei ‘vou me deitar aqui para prevenir e evitar qualquer violência'”, disse o ex-senador.
Em nota, a prefeitura disse que o local é de “risco elevado”, pois fica perto de um barranco e que por isso determinou a reintegração de posse do terreno. Por outro lado, as famílias que moram lá disseram que foram avisadas da reintegração, mas que não têm para onde ir.
“A Defesa Civil do município estudou a possibilidade de retirar apenas parte dos barracos, mas concluiu que isso colocaria os demais barracos em risco, por causa da fragilidade estrutural do conjunto. A reintegração de posse é uma determinação judicial e os moradores foram avisados previamente sobre a desocupação”, diz a nota da prefeitura.
Segundo a prefeitura, 211 famílias residem no local e estão cadastradas no programa habitacional do município. A prefeitura informou ainda que uma equipe do Serviço Especializado de Abordagem Social foi ao local da reintegração para encaminhar as pessoas que tenham interesse à rede socioassistencial do município.