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Após terem suas atitudes racistas e sexistas divulgadas pelos mais variados meios de comunicação, o grupo voltou à carga de preconceito, prometendo novas ações do tipo. UnB, Governo de Brasília e Polícia Civil informaram que vão investigar o incidente.
Por Mídia NINJA
Os ataques protagonizados por militantes fascistas na Universidade de Brasília (UnB) na noite da última sexta-feira (17) continuam em voga. Após terem suas atitudes racistas e sexistas divulgadas pelos mais variados meios de comunicação, o grupo voltou à carga de preconceito, publicando informações desencontradas em páginas que promovem a cultura do ódio nas redes sociais.
Assinado por “Felipe Porto”, o texto é um rebotalho de incoerências e puro discurso de ódio, além de extremamente fantasioso. Dizendo-se preocupados com “a dominação da Universidade de Brasília por extremistas de esquerda”, a panaceia publicada na noite deste sábado (18) reforça os preconceitos e estereótipos patrocinados pelos fascistas. Entretanto, fica latente a covardia do grupo, preocupado em justificar seus arroubos de ódio, visto que as autoridades brasilienses estão empenhadas em investigar e punir os responsáveis pela baderna na UnB.
O show de estupidez protagonizado pelos fascistas já é alvo de uma representação no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Kelly Bolsonaro, militante da ultra direita conhecida pelo radicalismo, foi denunciada por um estudante que não aceita o obscurantismo e a opressão defendidos pelos fascistas. A reitoria da universidade se manifestou veementemente contra a atitude dos agressores, ressaltando a atmosfera plural que marca o ambiente universitário. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) também entrou no caso para investigar as agressões promovidas.
Mesmo diante da péssima repercussão do atentado, os fascistas não parecem dispostos a retroceder em sua estratégia de ódio e agressão. “Outro [fascista] deu seu testemunho com lágrimas nos olhos, dizendo que seu filho era um garoto esperto, esforçado e estudioso, mas em dois anos de UnB virou viado, comunista, vagabundo e maconheiro”. Esse é apenas um dos fragmentos do texto publicado pelos agressores, reiterando práticas criminosas e reforçando a carga de preconceito.
E, ao que parece, novos ataques estão sendo programados pelos agressores. "Esse foi só o primeiro #?RolezãoNaUNB”, afirmam, para depois completarem: “nova data já está marcada, vamos retornar e dessa vez vai ser gigante”, deixando explícito que novas manifestações de ódio e preconceito estão no escopo de atuação do grupo.
Falácias
Ainda que tentem justificar suas ações, o fato é que vídeos e fotos feitos por quem presenciou o atentado desmontam quaisquer tentativas dos fascistas de etiquetarem suas atitudes enquanto manifestação democrática do pensamento. Não apenas os xingamentos racistas e homofóbicos, mas também a presença de pessoas com porretes, pode ser visto nos registros, jogando por terra os argumentos falaciosos presentes no texto publicado pelo grupo.
E não para por aí: muitos dos comentários feitos em relação ao texto mantêm íntima relação com a cultura do ódio, alguns pregando explicitamente o assassinato de pessoas. Dicas de como promover baderna também podem ser vistos, além do reforço ao preconceito disseminado pelos fascistas.
A comunidade universitária está se articulando contra novos ataques. Nesta segunda (20) tem o Ato Contra o Discurso de Ódio, o Fascismo e a Violência na UnB, organizado por diversos centros acadêmicos. A intenção é mostrar que o ambiente universitário não tolera o preconceito e o obscurantismo patrocinado por extremistas.