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Depois da atuação violenta da Policia Militar contra estudantes no Conjunto Residencial da USP (CRUSP), estudantes e integrantes do movimento negro decidiram encerrar a ocupação. Prédio da Letras segue ocupado
Por Redação
Na última quinta-feira (16), a Policia Militar impediu que estudantes e militantes do movimento negro ocupassem os blocos K e L do Conjunto Residencial da USP (CRUSP). Durante a ação, a PM utilizou bombas de efeito moral e gás. Os estudantes afirmaram que as bombas vieram depois da desocupação e de forma violenta.
Alunos afirmaram ainda que, ao fugirem para o CRUSP, foram seguidos e bombas foram lançadas pelas janelas de apartamentos e nos corredores dos blocos D, E, F e G. A PM afirma que estudantes danificaram um carro da Guarda universitária e atacaram policiais com pedras.
A decisão de parte dos estudantes em ocupar os blocos K e L se deu após a ocupação frustrada de parte do prédio da reitoria, onde ocorria, durante a tarde daquela quinta-feira (16), reunião do Conselho da graduação.
FFLCH e a ocupação da Letras
Desde o dia 11 deste mês estudantes de Letras da Universidade de São Paulo ocupam o prédio do curso pedindo a contratação de mais professores pois as aulas estavam superlotadas devido a poucas salas disponíveis e poucos professores para ministrarem suas matérias.
A ocupação, majoritariamente composta por mulheres, pede contratação efetiva de professores e alertam que professores temporários não se dedicariam às pesquisas, um dos principais pontos de destaque da Universidade.
As estudantes apontam ainda que não têm data para desocupar o prédio e que só o farão quando a reitoria se comprometer a contratar mais professores. Entre as pautas do movimento está a expulsão da Polícia Militar do campus, bem como a permissão para festas na universidade e a transparência das contas da USP.
Foto: divulgação Ocupa Letras USP