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Manifestantes defendem as conquistas sociais dos governos Dilma e Lula e criticam a posição de veículos de comunicação, entidades patronais e políticos envolvidos em corrupção favoráveis à cassação da presidenta
Por Leonardo Fuhrmann, de São Paulo
Bandeiras e outros materiais da campanha eleitoral de 2014, quando a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi reeleita, voltaram para as ruas na manifestação da Praça da Sé, em São Paulo, na tarde desta quinta-feira (31/03). Como se reafirmassem a confiança na governante, movimentos sociais e populares e pessoas com cartazes feitos a mão se manifestaram pela continuidade do governo.
Apesar de deixarem claro o desejo de mudanças principalmente em relação à política econômica, representantes de diferentes partidos também estiveram presentes, com mensagens em favor da democracia e contra a possibilidade de um golpe parlamentar, pois consideram que não há base legal para o impeachment da presidenta.
Além de manifestarem repúdio contra a Rede Globo, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e políticos como o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - apontados como artífices do golpe - os movimentos demonstravam preocupação com as pautas de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB).
Petroleiros foram para a praça com seus uniformes e defenderam a Petrobras. Movimentos de moradia carregavam faixas em defesa do Minha Casa Minha Vida. Jovens destacavam os avanços com o aumento no número de vagas nas universidades públicas e outros programas de inclusão estudantil. Os movimentos LGBT, negro e de mulheres também marcaram forte presença na mobilização.
Tiaras de flores de plástico vermelhas e brancas, vendidas por camelôs, foram escolhidas como símbolo por alguns dos manifestantes. Outros preferiram a irreverência, como os Books Blocs, que se anunciavam como “Livros contra o golpe”. Nas mãos, diversas capas de livros de autores perseguidos por sua posição política, como Jorge Amado e Plínio Marcos.
Foto: Christian Braga