Bob Fernandes: Temer busca montar o novo consórcio do velho poder

Em seu comentário, no jornal da TV Gazeta (SP), jornalista destaca que muitos dos parlamentares e líderes partidários que atuam pela queda da presidenta Dilma Rousseff são citados em escândalos de corrupção

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Em seu comentário, no jornal da TV Gazeta (SP), analista político destaca que muitos dos parlamentares e líderes partidários que atuam pela queda da presidenta Dilma Rousseff são citados em escândalos de corrupção Por Redação O jornalista Bob Fernandes diz que a decisão do PMDB de abandonar o governo, que deve ser oficializada nesta terça-feira (29/03), é parte do esforço do vice-presidente Michel Temer de montar “com a oposição novo consórcio do velho poder”. Para ele, “envolvidos em corrupção presente ou passada tentarão usar o desembarque do presente e embarque no futuro como moeda. Para nos bastidores buscar salvar o pescoço”. “Há mais de um ano repetimos aqui: os computadores dos empreiteiros não são monotemáticos, obviamente. Não tratavam apenas do "Petrolão" e Petrobras. Guardavam também as relações com atuais e ex- governadores, prefeitos, senadores, ministros etc. Estranhíssimo, ou impossível, seria não existirem Listas suprapartidárias de propinas e corruptos”, afirma. Veja o vídeo

Nesta terça, 29, o PMDB deve desembarcar do governo Dilma para embarcar no impeachment. Temer busca montar com a oposiçã...

Publicado por Bob Fernandes em Segunda, 28 de março de 2016
Ou leia a transcrição feita pelo próprio autor
Nesta terça, 29, o PMDB deve desembarcar do governo Dilma para embarcar no impeachment. Temer busca montar com a oposição Novo consórcio do Velho Poder. Devem desembarcar também os que embarcam e desembarcam de qualquer governo... PR, PP, e similares. Só o PP tem 32 investigados na Lava Jato. No PMDB, de olhos no presente, passado e futuro, Renan, presidente do Senado, e Cunha, presidente da Câmara. Renan e Cunha respondem por dezena de ações no Supremo. Contra um terço dos 65 da comissão de impeachment há acusações no Supremo. No noticiário mundo afora é pintado quadro ainda pior. A revista The Economist, que sugere a Dilma deixar o Poder, diz que "60%" dos 594 membros do Congresso enfrentam acusações. O jornal The New York Times relata: 271 parlamentares teriam crimes a responder, incluindo homicídio. Estamos já no 7º ou 8º motivo alegado para o impeachment. Mas lenha nessa fogueira são acusações de corrupção na Petrobras para sustentação do Sistema Político ora no governo. Há dias soube-se da "Superplanilha da Odebrecht". De fugaz, rapidíssima permanência nas manchetes, "Lista" com 24 partidos e 316 políticos que teriam recebido propina. Citados membros do governo e da base - até agora - aliada. Na "Planilha da Propina", caciques da oposição que hoje articulam queda e sucessão de Dilma. O juiz Moro decretou "sigilo" sobre tal lista, e hoje encaminhou-a para o Supremo. Há mais de um ano repetimos aqui: os computadores dos empreiteiros não são monotemáticos, obviamente. Não tratavam apenas do "Petrolão" e Petrobras. Guardavam também as relações com atuais e ex- governadores, prefeitos, senadores, ministros etc. Estranhíssimo, ou impossível, seria não existirem Listas suprapartidárias de propinas e corruptos. O Poder no Brasil, presente e futuro, está nas mãos, palavras e documentos de empreiteiros como Leo Pinheiro, da OAS. E Marcelo, da Odebrecht. Envolvidos em corrupção presente ou passada tentarão usar o desembarque do presente e embarque no futuro como moeda. Para nos bastidores buscar salvar o pescoço.