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A pesquisa feita pelo cientista político David Samuels, Universidade do Minnesota (EUA), concluiu que o número de pessoas que se identificam com a sigla no país está mais alta que nos anos 90 e hoje representa 15,9% da população; professor aponta ainda que o 'antipetista puro' é, em geral, branco, de renda elevada e 'verdadeiros herdeiros do regime militar"
Por Redação*
Pesquisa feita pelo cientista político David Samuels, professor da Universidade de Minnesota (EUA), aponta que o Partido dos Trabalhadores é a sigla com o maior número de simpatizantes no país. O estudo, feito para compor o livro "Partidarismo, Antipartidarismo e Comportamento do Voto no Brasil" - que está sendo preparado em parceria com o professor Cesar Zucco Jr, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - concluiu que o número de pessoas que se identificam com a legenda, apesar de ter caído em relação a 2006, continua sendo maior que nos anos 90 e segue representando a maior parte da população em relação aos outros partidos.
De acordo com o levantamento, cerca de 14% do eleitorado declarava simpatia pelo PT em 1997. O número chegou a 23% em 2006 e recuou para 15,9% em 2014.
Ao todo, foram entrevistadas 2.469 pessoas em 1997, 2.379 em 2006 e 3.120 em 2014 e, para compor o estudo, os pesquisadores usaram também dados da Fundação Perseu Abramo e da Brazilian Electoral Panel Survey, do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Além dos números, o professor Samuels traçou um perfil dos que classifica como o 'antipetista puro': ele é, em geral, branco, tem renda mais elevada, média de 40 anos de idade e 'desiludido com a democracia'. A maioria defende a volta de militares no poder.
*Com informações da Folha de S. Paulo