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Ex-governador do Rio de Janeiro foi preso por suspeita de liderar esquema de desvio de dinheiro de obras públicas.
Por Redação
A Policia Federal prendeu nesta quinta-feira (17) o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, por suspeita de liderar um esquema de desvio de dinheiro de obras de empreiteiras, que somariam cerca de R$ 224 milhões de reais, dentre os quais, R$ 30 milhões seriam de obras de responsabilidade da Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia.
Sérgio Cabral teria cobrado 5% do valor total da obra da reforma do Estádio do Maracanã em propina, segundo apontaram executivos da Andrade Gutierrez em delação premiada. O acordo daria à empreiteira a possibilidade de se associar à Odebrecht e Delta na reforma do estádio em 2009.
Além de Cabral, sua esposa e ex-primeira dama, Adriana Ancelmo, também é alvo da operação, entretanto, ela apenas será levada para depor coercitivamente na sede da Polícia Federal. O ex-secretário de Governo, Wilson Carlos, e o ex-secretário de Obras, Hudson Braga, bem como o antigo assessor do governador, Carlos Emanuel de Carvalho, e o ex-marido de uma prima de Cabral, conhecido como Carlinhos, também são alvo da operação da PF.
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Ao todo, nove pessoas são alvo da operação. Sérgio Cabral teve decretados dois mandados de prisão preventiva, um pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro e o outro pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, com sede em Curitiba, no Paraná.
A única empreiteira que comprovou pagamento de propina ao grupo foi a Carioca Engenharia, somando mais de R$176 milhões de reais. Os executivos da Andrade Gutierrez, entretanto, apontam o pedido de propina em 5% do valor total das obras por parte de Cabral em empreendimentos como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano, em associação com a Odebrecht e com a Delta, esta última pertencente ao amigo de Sérgio Cabral, Fernando Cavendish, preso em julho deste ano.
Foto: Valter Campanato - Agência Brasil