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Polícia Federal também indiciou Marcelo Odebrecht e Taiguara Rodrigues, sobrinho o ex-presidente, por corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com os investigadores, Lula teria favorecido seu sobrinho com contratos da empreiteira. Para defesa, Lula sofre "uma campanha de massacre midiático".
Por redação
Nesta quarta-feira (5), o ex-presidente Lula foi indiciado por corrupção e, de acordo com a Polícia Federal, teria favorecido seu sobrinho, Taiguara Rodrigues, com contratos da Odebrecht em Angola.
A empresa de Rodrigues, Exergia, fechou contrato de prestação de serviço para a Odebrecht na modernização e ampliação da hidrelétrica de Cambambe, em 2012. Naquele ano, o valor da prestação de serviço foi de R$3,5 milhões.
O sobreinho de Lula é filho do irmão da falecida primeira esposa do ex-presidente e viajou para Angola, em 2007, para começar os negócios que culminariam nas obras da hidrelétrica de Cambambe. A empresa de Rodrigues já prestou serviços em obras financiadas pelo BNDES no exterior durante os mandatos de Lula (entre 2003 e 2010).
De acordo com a Polícia Federal, Lula teria facilitado acordos da Odebrecht e, em troca, a empresa de Rodrigues teria recebido R$20 milhões como “pagamento” pelos favores. A PF investiga se Lula teria usufruído da propina.
A defesa do ex-presidente emitiu no início da tarde, uma nota oficial:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sua vida investigada há 40 anos, teve todas as suas contas e de seus familiares devassadas, seu sigilo bancário, fiscal e telefônico quebrado e não foi encontrada nenhuma irregularidade. Lula não ocupa mais nenhum cargo público desde 1º de janeiro de 2011, e sempre agiu dentro da lei antes, durante e depois de ocupar dois mandatos eleitos como presidente da República. A defesa do ex-presidente irá analisar o documento da Polícia Federal, vazado para a imprensa e divulgado com sensacionalismo antes do acesso da defesa, porque essa prática deixa claro que não são processos sérios de investigação, e sim uma campanha de massacre midiático para produzir manchetes na imprensa e tentar destruir a imagem do ex-presidente mais popular da história do país.Foto: Heinrich Aikawa/ Instituto Lula