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Jornal publicou uma errata neste domingo (17) informando que o chargista Marco Aurélio havia trocado a figura que era para representar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por Lula. Desenho remetia à notícia da suposta propina de US$ 100 milhões que o governo tucano teria recebido, de acordo com delação premiada da operação Lava Jato
Por Ivan Longo
Chamou a atenção de leitores, neste final de semana, a errata publicada pelo jornal gaúcho 'Zero Hora' em sua edição impressa da última sexta-feira (15). O fato ganhou ainda mais repercussão por estar ligado não a uma informação de texto ou reportagem, mas sim a uma charge. De autoria do desenhista Marco Aurélio, o desenho publicado faz uma alusão ao ex-presidente Lula falando sobre uma suposta propina que, na verdade, teria sido recebida pelo governo de seu antecessor, o tucano Fernando Henrique Cardoso.
"Desconheço de quem eu recebi R$100 milhões em propina", diz o personagem identificado como Lula no desenho. A charge, no entanto, faz referência à delação premiada de Nestor Cerveró na Operação Lava Jato que repercutiu na semana passada, apontando que o governo Fernando Henrique Cardoso teria recebido R$ 100 milhões de propina.
"O chargista Marco Aurélio trocou Fernando Henrique Cardoso por Lula na charge de sexta-feira. Zero Hora pede desculpas aos seus leitores", disse o jornal em nota.
[caption id="attachment_77859" align="aligncenter" width="264"] Reprodução/Zero Hora[/caption]
De acordo com o grupo RBS, que administra a publicação, quem identificou o erro foram os próprios leitores. Além da errata na edição impressa, uma resposta via redes sociais foi encaminhada aos leitores assim que o equívoco foi identificado. Em nota, o grupo afirmou ainda que "os chargistas de ZH não são pautados pela direção do jornal" e que "eles têm liberdade para escolher os temas de seus trabalhos".
Nas redes sociais, internautas criticaram o erro e apontaram uma suposta "blindagem" do jornal com relação às denúncias que pesam contra o governo FHC.
"Zero Hora inova e comete erro em CHARGE", escreveu um internauta no Twitter. "#PodemosTirarSeAcharMelhor", comentou outro, relembrando a hashtag que constantemente é utilizada para questionar posicionamentos políticos em veiculos de comunicação.
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