Junio Flávio Alves de Alcântara, de 28 anos, foi linchado por engano em Itanhaém, no litoral de São Paulo, após ser confundido com um estuprador. O crime ocorreu em 30 de julho, mas a vítima teve morte cerebral constatada um dia depois em uma unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde estava internado. Até o momento, apenas um homem foi preso acusado de participação no homicídio.
No dia em que foi morto, Junio havia saído com uma amiga para um bar. Segundo a mulher, que preferiu não se identificar, ele sofria de depressão. Após um surto, deixou o local sozinho e foi atacado nas horas seguintes – testemunhas declararam que o viram correndo nu pela rua e por isso pensaram que era o estuprador. Foi encontrado no hospital no dia 31, com diversos ferimentos pelo corpo.
Na última quarta-feira (12), o ajudante-geral Johnny de Brito, de vinte anos, foi detido em sua casa e confessou à Polícia Civil ter atirado uma pedra contra Junio. Ele teve a prisão temporária de trinta dias decretada pela Justiça. Agora, os policiais querem chegar aos demais indivíduos que participaram do crime.
Em um vídeo postado nas redes sociais, a mãe de Junio, Joelma dos Santos Alves, disse que a "família toda está desolada. Eu não durmo e nem me alimento direito. Ele era generoso e amigo, todos gostavam dele". Ela, que vive em Portugal, pediu que os responsáveis pelo assassinato de seu filho sejam punidos. “No momento, meu coração sangra de dor. A Justiça brasileira precisa punir, senão, eles vão voltar a matar e destruir outra família. Vocês mataram um anjo”, afirmou, emocionada.
*Com informações do portal G1