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Em entrevista, ex-tesoureiro da prefeitura de Campina Grande (PB) revelou ter repassado, em 2010, dinheiro ilegal em espécie ao então candidato ao senado Vital do Rêgo, hoje ministro do Tribunal de Contas da União; o acusado de recebimento da verba é um dos ministros que irão analisar as contas da campanha de Dilma do ano passado que, para muitos, seria o caminho para tirá-la do poder
Por Redação
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rego, foi acusado de ter recebido, em 2010, mais de R$ 10 milhões em verbas desviadas. A revelação foi feita pelo ex-tesoureiro da prefeitura de Campina Grande (PB), Rennan Farias, em entrevista à TV Folha publicada na manhã desta segunda-feira (27).
De acordo com Farias, ele mesmo teria repassado dinheiro em espécie ao hoje ministro do TCU que, na época, era candidato a senador pelo PMDB do Rio de Janeiro. O valor da verba era de R$ 10,3 milhões e teria sido desviado do contrato da prefeitura com uma empreiteira que não teria realizado o serviço.
"[Eu] deixava lá o pacote, ou a caixa, ou a sacola, a caixa de uísque [com o dinheiro desviado], depois ele [Vital do Rêgo] fazia toda a repartição e resolvia seus problemas de campanha”, afirmou.
Além da verba da prefeitura, o ex-tesoureiro contou ainda que levantou cerca de R$ 10 milhões com agiotas para a campanha de Vital e do irmão, o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), que também teria recebido recursos desviados.
Vital do Rêgo será um dos nove ministros do TCU que analisará as contas da campanha da presidenta Dilma que, se rejeitadas, podem abrir caminho para um processo de impeachment.
Tanto o ministro como o irmão negam as acusações. Em entrevista ao portal WSCOM, Vital disse que está sendo "vítima de uma estratégia para constrangê-lo na votação do caso das 'pedaladas' do governo".
Foto: Divulgação