Gabrielli desmente Estadão: "Nunca recebi pinturas de alto valor da Odebrechet"

O jornal veiculou hoje que o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, teria sido 'presenteado' pela Odebrecht com pinturas 'de alto valor'; em nota, no entanto, Gabrielli explica que a reportagem o procurou no sábado pela manhã e não publicou sua resposta, que foi enviada nesta segunda-feira. Confira o esclarecimento na íntegra.

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O jornal veiculou hoje que o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, teria sido 'presenteado' pela Odebrecht com pinturas 'de alto valor'; em nota, no entanto, Gabrielli explica que a reportagem o procurou no sábado pela manhã e não publicou sua resposta, que foi enviada nesta segunda-feira. Confira o esclarecimento na íntegra Por Redação O jornal O Estado de São Paulo veiculou, na manhã desta segunda-feira (27), matéria em que afirma que o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, teria sido presenteado pela Odebrecht - empresa investigada na Operação Lava Jato - com pinturas de "alto valor". A publicação, no entanto, não contemplou a resposta de Gabrielli, que negou as acusações e escreveu uma nota para esclarecer o caso, em decorrência da não divulgação de sua versão no jornal. Confira a nota. Gostaria de compartilhar com vocês minha indignação com dois atuais episódios de massacre midiático a que fui submetido neste fim de semana: a ampla divulgação de um relatório de peritos policiais, sugerindo a quebra de meus sigilos bancários e fiscal, e um suposto brinde com pinturas de alto valor, oferecido pela Odebrecht, segundo o Ministério Público Federal do Paraná. No primeiro caso, o Estadão publicou a minha resposta na íntegra em que eu dizia: 'Não tenho qualquer temor com a quebra do meu sigilo fiscal ou bancário em relação a comportamentos ilícitos. Todas as minhas operações financeiras e tributarias se pautaram pela extrema transparência e legalidade. Tenho, no entanto, indignação com o abuso de poder que é determinar esta invasão de privacidade, sem indícios de ilicitudes, somente para testar as hipóteses dos policiais que acham que talvez eles possam existir. O material divulgado sequer levanta qualquer dúvida, como no trecho a seguir, retirado do material vazado seletivamente – ‘Por fim tem o próprio Gabrielli como ultima tentativa, que poderia fazer. Ele não gosta da gente (Suzano, Quattor, sondas), mas a tese é boa e talvez quem sabe?’.' Acontece que esta notícia foi reproduzida, até o sábado, por mais de 170 veículos pelo pais afora e a maioria destas publicações omitia completamente a minha resposta, ou a cortava, limitando-se a reproduzir apenas a sua primeira frase. As manchetes destacavam a quebra do sigilo, insinuando culpabilidade a priori. O outro episódio é de hoje, segunda feira. No sábado, às 11:12 hs uma repórter do Estadão manda um email solicitando uma resposta sobre a acusação de que eu teria recebido “pinturas de alto valor”, como brinde da Odebrecht. Por várias razões estive desconectado da Internet, no sábado e domingo, e só vi o email na manhã de hoje. Mandei para o Estadão a seguinte resposta: 'Estive sem conexão com a Internet neste fim de semana e não pude responder a tempo seu email enviado no final da manha de sábado. É absolutamente falsa a informação de que recebi "pinturas de alto valor" como brindes da empresa Odebrecht. Os brindes que recebi foram livros editados pela empresa e outros brindes típicos. Nunca recebi quadros.' De novo, a enorme reprodução da nota do Estadão, com informação completamente desprovida de veracidade, vira verdade pela sua repetição.   Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado