Entre os acordos estava o assentamento de cerca de 1.100 famílias em até 60 dias depois de terem sido expulsas do local. Além disso, por ser alvo de diversas denúncias de grilagem, foi definido a realização de um estudo na região sobre a legalidade da posse das terras do senador, que hoje tem cerca de 21 mil hectares.
O estudo não foi realizado e, de acordo com relatos dos acampados, após a saída das famílias, o local foi abandonado e tem sido desmatado ilegalmente. “Diante desta situação, o Acampamento Dom Tomás Balduíno, símbolo da luta popular e pela terra no Goiás, afirma sua determinação em permanecer na área até que o governo destine o complexo latifundiário para fins de reforma agrária”, afirmam integrantes do MST, em nota. Entenda o caso Em agosto de 2014 o Complexo Santa Mônica foi ocupado por cerca de três mil famílias Sem Terra. Em seu site, o MST elencou diversas modificações que realizou nos meses em que ocupou o local."Durante o período de estada no local, em pouco mais de 200 hectares os Sem Terra resgataram diversas variedades de sementes crioulas, sistemas de controle biológico, consórcios de culturas, princípios de alelopatia e mais uma gama de inovações desenvolvidas, bem como mais de 22 culturas diferentes passaram a ser cultivadas”, diz a nota do movimento.
Após seis meses de ocupação de parte do Complexo de Fazendas Santa Mônica, no dia 4 de março, dois mil policiais realizaram o despejo das famílias. O pedido foi expedido pelo juiz da Comarca de Corumbá, Levine Artiaga, que, segundo o Movimento, é acusado de ser alinhado com o senador, além de já ter frequentado a sua fazenda diversas vezes.
Foto: NINJA