Terceirização é trabalhar mais e ganhar menos, afirma Kotscho

O blogueiro e jornalista comentou as consequências da aprovação do projeto de lei 4.330/04, que, segundo ele, não é só a “maior derrota dos trabalhadores desde o golpe de 1964”, mas o “enterro da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a grande conquista da Era Vargas”.

Escrito en BRASIL el
O blogueiro e jornalista comentou as consequências da aprovação do projeto de lei 4.330/04, que, segundo ele, não é só a “maior derrota dos trabalhadores desde o golpe de 1964”, mas o “enterro da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a grande conquista da Era Vargas” Por Redação Em texto publicado ontem (14) em seu blogue, o jornalista Ricardo Kotscho comentou as consequências da aprovação do projeto de lei 4.330/04 na Câmara dos Deputados. Para ele, as propostas de terceirização dos trabalhadores apresentadas no PL podem trazer prejuízos que os brasileiros não viam desde o golpe de 1964. Kotscho classificou a iniciativa como o “enterro da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”, apontada como uma grande conquista do governo Vargas. “A palavra é feia, mas ainda não inventaram outra melhor para expressar o que ela significa: sistema de aluguel de mão de obra para reduzir os custos das empresas, aumentando a carga de trabalho e diminuindo os salários dos empregados”, escreveu. O jornalista cita dados das centrais sindicais, que mostram que os terceirizados trabalham três horas a mais por dia do que os funcionários formais e ganham, em média, um salário 24% menor. “Se Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, estão do mesmo lado, em defesa da Lei 4.330, os trabalhadores brasileiros que vivem de salário podem ter certeza de que coisa boa para eles não é. Terceirização pode ser traduzida por precarização do trabalho”, sentenciou. Kotscho afirmou ainda que a possível aprovação do projeto de lei seria mais um ícone em meio às ações conservadoras que comandam o país, ao lado dos pedidos de redução da maioridade penal, o Estatuto da Família e a reforma política congressual, que pretende oficializar o financiamento empresarial de campanhas políticas. Para ler o texto completo, clique aqui. Foto de capa: Wikipedia / Mídia Consulte