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A acusação é de que o conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo tenha recebido propina para favorecer a Alstom em uma licitação, em 1998, durante o governo de Mário Covas (PSDB); segundo investigações, as propinas chegavam a 15% do valor contratual
Por Redação
Nesta segunda-feira (2), a Justiça de São Paulo bloqueou os bens da multinacional francesa Alstom, além de três ex-funcionários da empresa e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), Robson Marinho, que está atualmente afastado do cargo. Os bens, no valor de R$ 282,2 milhões, estão indisponíveis.
A decisão judicial ocorreu na ação civil de improbidade administrativa por atos de corrupção, proposta pelo Ministério Público de São Paulo, referente à assinatura e execução ao termo aditivo 10 do Projeto Gisel II (Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo). A acusação do MP é que Marinho tenha recebido propina para favorecer a Alstom em uma licitação, em 1998, durante o governo de Mário Covas (PSDB). Ainda cabe recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Segundo as investigações, para que o aditivo firmado pudesse entrar em vigor, as propinas oferecidas a servidores públicos – pagas de outubro de 1998 a dezembro de 2002 – chegaram a 15% do valor do termo contratual, por meio de contratos falsos de consultoria. Conforme a denúncia dos procuradores, parte delas foi depositada em contas no exterior, principalmente na Suíça e em Luxemburgo, ou movimentadas em território nacional com a ajuda de doleiros.
Foto de capa: Brasil 247