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A empresa é acusada de pagar propina por um contrato de fornecimento de duas subestações de energia, em 1998, para uma empresa do governo de São Paulo, na gestão do tucano Mário Covas; acordo não inclui esquema de cartel no Metrô e na CPTM, que envolve outros membros do PSDB
Por Portal Vermelho
A Alstom vai pagar uma indenização de cerca de R$ 60 milhões para se livrar de um processo em que é acusada de pagar propina por um contrato de fornecimento de duas subestações de energia, em 1998, para uma empresa do governo de São Paulo, na gestão do tucano Mário Covas.
O acordo não inclui os processos do trensalão, que trata do esquema de propinas do Metrô e a CPTM, que envolvem membros do PSDB.
Apesar de decidir pagar a indenização, a empresa não reconhece culpa no processo. Mas o valor estabelecido no acordo foi calculado a partir do suborno pago pela Alstom, que correspondeu a 17% do valor do contrato, segundo documento interno da própria multinacional. Além disso, foi incluso também multa de 10%, para cobrir o que a lei chama de danos morais coletivos.
Auxiliar de Mário Covas à época, Robson Marinho, um dos fundadores do PSDB, continua como réu na ação. Indicado pelos tucanos como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Marinho foi afastado do cargo em 2014, acusado de ter recebido US$ 2,7 milhões da Alstom em contas secretas na Suíça entre 1998 e 2005. Provas contra ele citam ainda a Secretaria de Energia, que era dirigida por Andrea Matarazzo.