Queda da extrema pobreza não dá manchete

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"Apesar de todos os países latino-americanos terem se beneficiado do boom das commodities nos anos 2000, no Brasil o declínio da taxa de pobreza foi mais rápido do que no resto da região", diz Emmanuel Skoufias, especialista do Banco Mundial Por Altamiro Borges, em seu blog Estudo divulgado pelo insuspeito Banco Mundial nesta semana confirma que o número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema no Brasil caiu 64% entre 2001 e 2013, passando de 13,6% para 4,9% da população. O próprio economista Emmanuel Skoufias, especialista da instituição, disse que ficou surpreso com a redução da miséria no país. Mesmo assim, a mídia hegemônica - que no seu complexo de vira-lata adora alardear os dados negativos da economia brasileira - não deu destaque para a alvissareira notícia. Ela não virou manchete nos jornalões, nem capas das revistonas semanais e nem motivo de elogios na rádio e tevê. Desta forma, como o governo não possui influentes meios de comunicação, o estudo do Banco Mundial virou uma não notícia para a maioria dos brasileiros. Pela nova metodologia estabelecida pela instituição a linha de pobreza extrema é de US$ 1,90 (cerca de R$ 7,32) por dia, contra US$ 1,25 (cerca de R$ 4,81 na cotação atual). Com base neste cálculo, a redução da miséria no Brasil foi maior do que a divulgada anteriormente. Em vez de 59% de queda, o país na verdade diminuiu a extrema pobreza em 64%. Estes dados surpreendentes foram apresentados durante a reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Lima, Peru, nesta semana. Na maioria dos países da América Latina - em especial, nos comandados por governantes progressistas - houve uma forte tendência de queda da miséria nos últimos anos. "De maneira geral, o Brasil é um dos países mais bem-sucedidos na redução da pobreza nos últimos anos. Apesar de todos os países latino-americanos terem se beneficiado do boom das commodities nos anos 2000, no Brasil o declínio da taxa de pobreza foi mais rápido do que no resto da região”, enfatiza Emmanuel Skoufias. O especialista do Banco Mundial atribuiu o sucesso brasileiro ao Bolsa Família e a outros programas sociais dos governos Lula e Dilma. Segundo ele, estes programas são "muito eficazes para evitar que as pessoas caiam na pobreza e para ajudá-las a sair da pobreza". É evidente que estes comentários e os dados divulgados não mereceram qualquer destaque na mídia oposicionista, mais envolvida na cavalgada golpista pelo impeachment da presidenta Dilma.