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“Meus pais nem tiveram acesso ao ensino fundamental direito", conta a bolsista Beatriz Andrade, de 22 anos, que começa neste semestre a faculdade de Fisioterapia pelo ProUni
Por Redação*
“Meus pais nem tiveram acesso ao ensino fundamental direito. Minha mãe fala: ‘Naquele tempo, só quem tinha dinheiro é que podia estudar”. O depoimento é da jovem baiana Beatriz Andrade, de 22 anos. A filha da comerciante Marinalva e do pintor de carros Getúlio, em poucos dias irá finalmente realizar o sonho de começar a faculdade de Fisioterapia. Ela conseguiu uma bolsa integral pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), que completa dez anos nesta terça-feira (13).
Instituído pela lei 11.096/2005, o ProUni concedeu, até hoje, 1.497.180 bolsas, das quais 562.551 estão ativas, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). Com a medida, o objetivo do governo federal era democratizar o acesso ao ensino superior por alunos que dificilmente teriam condições de arcar com mensalidades em faculdades privadas.
A iniciativa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino para alunos que fizeram o ensino médio na rede pública ou na rede particular, na condição de bolsistas. Só na última edição, no segundo semestre de 2014, foram 650 mil inscritos para 115 mil bolsas, o que representa um aumento de 50% em relação à mesma edição de 2013. Para Beatriz, a ajuda fez toda a diferença. “O programa é importante porque é direcionado a pessoas de baixa renda. Eu não poderia arcar com as despesas de uma graduação”, avalia.
* Foto de capa: Arquivo/Agência Brasil