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Beneficiárias participam do planejamento familiar e buscam qualificação para melhorar as condições de vida de seus familiares
Por Portal Brasil, via Rede Brasil Atual. Foto: Divulgação / Blog do Planalto
Para gestores, pesquisadores e estudiosos do tema, é praticamente unânime a visão de que um dos grandes acertos do Bolsa Família foi privilegiar a titularidade das mulheres. Do total das famílias atendidas pelo programa, 93% são chefiadas por mulheres e, destas, 68% são negras.
“Essa estratégia se mostrou acertada porque parte do pressuposto que as mulheres sabem o que é melhor para a família. Os estudos confirmam que elas usam o dinheiro para comprar, principalmente, alimentos e roupas, seguidos de outros itens”, argumenta a diretora da secretaria extraordinária para Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Patrícia Vieira da Costa.
Maria Aparecida da Silva mora em Lagoa da Volta, a 15 quilômetros do município de Porto da Folha, em Sergipe. Beneficiária do Bolsa Família e do Programa Cisternas, ela se dedica a iniciativas inovadoras: além de produzir alimentos orgânicos e trabalhar com mudas de plantas, aprendeu a fabricar biodigestores – equipamentos de fabricação simples que possibilitam o reaproveitamento de detritos para gerar gás e adubo.
Com isso, deixou de comprar gás de cozinha e reduziu as despesas domésticas. Com a instalação de cisternas no pequeno sítio onde vive, no sertão nordestino, passou a armazenar água para irrigar a horta.
Assim, dona Cida, como é conhecida, aprendeu a conviver com o semiárido e multiplica esse saber, por meio de palestras. Hoje é um nome de referência para a comunidade e para a Associação de Mulheres do município.