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Pesquisadores estimam que, daqui a três anos, vacina poderá ser testada em seres humanos; até o momento, foi aplicada em camundongos e macacos
Por Redação
[caption id="attachment_42697" align="alignleft" width="360"] A vacina já havia sido testada em camundongos; em novembro de 2013, a aplicação em macacos deu resultados positivos (Foto: Reprodução)[/caption]
Nesta semana, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) anunciaram boas notícias relacionadas ao tratamento da Aids: uma vacina que está sendo desenvolvida contra a doença foi testada em macacos Rhesus do Instituto Butantãn e o resultado foi "surpreendentemente positivo", de acordo com eles.
Antes, a vacina já havia sido aplicada em camundongos. Com os primatas, entretanto, a resposta imune foi de 5 a 10 vezes maior. Isso contraria os padrões, pois, normalmente, a reação a essa modalidade de vacinação é mais expressiva nos roedores do que nos macacos.
Os estudos tiveram início em 2001, quando o médico Edecio Cunha Neto, da Faculdade de Medicina da USP, analisou o sangue de pessoas cujo sistema imunológico mantinha o HIV sob controle por mais tempo, adiando a manifestação da doença. Depois de quatro anos, surgiu a primeira vacina experimental, que foi testada em camundongos e teve resposta positiva. As pesquisas avançaram e, em novembro do ano passado, outra versão da vacina foi injetada nos macacos. Os resultados relativos a eles são considerados decisivos, pois seus organismos são muito similares aos nossos.
O próximo passo, agora, é testar a vacina em mais macacos - 28 é a meta. De acordo com os pesquisadores, dentro de três anos, provavelmente, a vacina poderá ser aplicada em seres humanos.