Vitalmiro Bastos de Moura, que já está preso em regime semiaberto, não poderá recorrer em liberdade
Da Redação
[caption id="attachment_31538" align="alignleft" width="300"] Dorothy Stang foi assassinada em 2005 em meio a uma disputa por terras no sudoeste do Pará (Foto: Reprodução / Casa da Juventude)[/caption]Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, foi condenado a 30 anos de prisão nesta quinta-feira (19), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang. O fazendeiro não poderá recorrer da pena em liberdade.
Após mais de 13 horas de julgamento, o juiz Moisés Alves Flexa, do Tribunal de Justiça do Pará, declarou a sentença condenando Bida por homicídio duplamente qualificado, pela “forma fria, covarde e premeditada” e por colocar questões patrimoniais acima da vida da missionária. “Foi reconhecida a responsabilidade do acusado e em face da decisão dos jurados, ele está condenado nas penas previstas na lei do Código Penal Brasileiro”, declarou Flexa.
Este é o quarto julgamento ao qual é submetido o fazendeiro, que alegou inocência em todas as ocasiões. Bida foi condenado em dois e absolvido em um, mas as três sentenças foram anuladas pela Justiça. Desde a anulação do último julgamento, em maio deste ano, o fazendeiro está preso em regime semiaberto.
Dorothy Stang foi morta em 12 de fevereiro de 2005 no município de Anapu, no sudoeste do Pará. Segundo o Ministério Público, a missionária foi assassinada porque lutava pelo assentamento de trabalhadores rurais em terras públicas que também eram disputadas por madeireiros e fazendeiros da região.
Na época do crime as investigações da Polícia Civil e da Polícia Federal indicaram que os autores do crime foram os pistoleiros Rayfran das Neves e Clodoaldo Batista. Eles teriam sido contratados por Amair Feijoli Cunha, que fez o papel de intermediário para Bida e Regivaldo Pereira Galvão, que pagariam R$ 50 mil pela morte de Dorothy Stang.
Com informações do jornal O Globo.