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A legislação impede a atuação de gestores públicos no processo de licitação para evitar que o caráter competitivo seja corrompido
Por Redação
[caption id="attachment_31241" align="alignleft" width="300"] O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, inauguram trem da CPTM em fevereiro de 2011 (Foto: Ciete Silvério / Governo do Estado de SP)[/caption]
O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes (PSDB), se reuniu 73 vezes, desde o começo de sua gestão, com executivos citados pela Siemens no esquema conhecido como “propinoduto tucano”.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (16) pela Folha de S. Paulo. De acordo o jornal, todos os encontros se realizaram entre janeiro de 2011 e agosto de 2013.
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Segundo as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a atuação do chamado “cartel” – grupo de empresas que combinava os resultados das disputas de licitações no Metrô e na CPTM com a intermediação de políticos do governo paulista – teria acabado na gestão de José Serra (PSDB), em 2008, portanto, as reuniões de Jurandir ocorreram após o suposto fim do esquema.
Em entrevista ao jornal, Fernandes afirmou que enxerga com normalidade os encontros e que eles são úteis para “vender o peixe” da secretaria. A legislação impede a atuação de gestores públicos no processo de licitação, para evitar que o caráter competitivo seja corrompido.
Quando os encontros com Fernandes aconteceram, seis das oito empresas envolvidas no “cartel” já estavam sendo investigadas pelo Ministério Público. Em parte dos encontros, os presidentes do Metrô e da CPTM estavam presentes.
Recentemente, em São Paulo, manifestantes foram às ruas pedir o impeachment do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e punição às empresas envolvidas no cartel.