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Mutirão Carcerário do CNJ descobriu a prisão irregular no Ceará
Por Redação
[caption id="attachment_30005" align="alignleft" width="346"] (Foto Juiz Pauo Irion/CNJ)[/caption]
Em 1989, um homem que não teve a identidade revelada deveria ter alcançado a liberdade e saído do sistema prisional brasileiro. No entanto, o detento, encarcerado desde a década de 1960 e com a pena extinta, permanece preso.
O caso foi descoberto pelo Mutirão Carcerário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Ceará. De acordo com o juiz Paulo Augusto Irion, um dos responsáveis pela operação, este é o "preso mais antigo do país". "Acho que este ser humano, em uma cadeira de rodas, usando fraldas, deve ser o preso mais antigo do Brasil, pois a informação é de que ingressou no sistema prisional na década de 60 do século passado”, disse o juiz Paulo Augusto Irion, um dos coordenadores do Mutirão, ao portal do CNJ.
O caso, descoberto no Instituto Psiquiátrico Stenio Gomes (IPGSG), em Itatinga, na grande Fortaleza, não é isolado. Na mesma unidade, foram encontrados outras cinco pessoas que tiveram suas penas extintas, mas que permanecem recolhidas. O IPGSG funciona em um prédio antigo e as condições dos internos são precárias.
A coordenação do Mutirão Carcerário vai recomendar ao governo cearense a interdição da Casa de Privação Provisória de Liberdade Desembargador Francisco Adalberto de Oliveira Barros Leal e da Cadeia Pública de Tianguá. A primeira unidade, de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza, tem como principal problema a superlotação; enquanto a cadeia pública apresentou estrutura precária e péssimas condições de higiene.
O Mutirão Carcerário seguirá para outras unidades prisionais do Ceará e deve terminar no dia 6 de setembro.
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