Em nota, governador afirmou que oposição quer antecipar calendário eleitoral criando constrangimentos à governabilidade
Da Redação
[caption id="attachment_27176" align="aligncenter" width="600"] (Foto: Mídia Ninja)[/caption]Nesta quarta-feira, 17, o Rio de Janeiro viveu mais uma noite de intensos protestos. Duas manifestações ocorreram simultaneamente e depois se uniram. Uma em frente à casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, e outra, na Gávea, na qual moradores da Rocinha protestavam contra o desaparecimento de um morador.
Em nota, Cabral afirmou que os protestos contra o seu governo possuem ligação com a oposição, que tenta desestabilizar a sua gestão e adiantar o calendário eleitoral. "A oposição busca antecipar o calendário eleitoral criando constrangimentos à governabilidade. O governador, legitimamente eleito por 67% dos votos no primeiro turno, nas últimas eleições, reitera o seu compromisso de continuar a manter o Rio de Janeiro na rota do desenvolvimento social e econômico", diz o governador na nota.
De acordo com a página que convocava o protesto no Facebook, os manifestantes exigem a instauração de quatro CPIs: da Delta, da Copa, da “máfia” dos ônibus e do uso de helicópteros por Cabral e familiares. Além disso, os manifestantes são conta a privatização do Maracanã, o fim do Museu do Índio e as remoções compulsórias por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, mostrando apoio à desmilitarização da polícia. Entretanto, Cabral é o principal foco dos atos. Os protestos pedem o impeachment do governador e do seu vice, Luiz Fernando Pezão.
Cerca de 1.000 pessoas participaram do protesto em frente à residência de Sérgio Cabral. O ato começou por volta das 17h. Já no início do protesto, um grande efetivo da Tropa de Choque fazia a segurança do prédio e da rua onde mora o governador.
Os atos na capital fluminense começaram pacíficos, mas, após confronto entre polícia e manifestantes, foram registrados atos de depredação, além de focos de incêndio. Agências bancárias, pontos de ônibus, lixeiras, orelhões foram depredados. A sede administrativa da Rede Globo no Leblon foi apedrejada, assim como duas lojas, uma de roupas e outra de bebidas.
Segundo a PM, 15 manifestantes foram presos e 5 policiais foram feridos durante os protestos de ontem no Rio de Janeiro. Apesar de não existir um número oficial de manifestantes feridos, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) fala em 30 pessoas com ferimentos durante a repressão policial aos atos.
(Foto de capa: Tânia Rêgo/ABr)