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Entre as reivindicações estão a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e o arquivamento do projeto de lei sobre terceirizações
Por Igor Carvalho
[caption id="attachment_26742" align="alignleft" width="300"] Trânsito de caminhões na rodovia Anhaguera, no sentido Uberaba (Foto: Mídia Ninja)[/caption]
No Dia Nacional de Lutas, convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais, manifestantes saíram às ruas em diversas cidades do país para reivindicar que sua agenda seja colocada em discussão no Congresso Nacional. A pauta tem pontos como a redução da jornada de trabalho para 40 horas, o fim do fator previdenciário e o arquivamento do Projeto de Lei 4.330/2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) sobre terceirizações, entre outras reivindicações.
São Paulo
Segundo a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), pelo menos 14 manifestações ocorrem neste momento (15h30) em São Paulo. Desde o meio-dia, milhares de trabalhadores ocuparam a avenida Paulista, obrigando o fechamento de todas as ruas que dão acesso à via. Por volta das 15h, rumaram pela Rua da Consolação, em direção ao cnetro da capital. Na rua 25 de Março, mil comerciantes, de acordo com a Polícia Militar, reivindicam o fim da informalidade no trabalho, além das demais pautas do Dia Nacional de Lutas. Um grupo de policiais civis ocupou a esquina da rua da Consolação com a Antonio Carlos.
Outros protestos acontecem nas avenidas Juscelino Kubitshek, Bandeirantes, Prestes Maia, Dr Francisco Mesquita, Jacu-Pêssego, Antônio Estevão de Carvalho, Mercúrio, Guarapiranga, José Bonifácio Nogueira, Radial Leste, Octaviano Alves de Lima, Interlagos e Arno, além das ruas do Gasômetro, Prates, José Paulino e Casper Líbero. As pontes do Piqueri, Socorro e Estaiada foram ocupadas pelos manifestantes.
As rodovias Raposo Tavares (São Paulo), Miguel Melhado de Campos (Campinas) e Cônego Domênico Rangoni (Santos), foram ocupadas e tiveram o trânsito interrompido.
Belo Horizonte
Metroviários e rodoviários pararam. A capital mineira está, até o momento, sem ônibus e nem metrô. Protestos se espalharam pela cidade, mas a maior concentração ocorre na praça Sete. Os manifestantes chegaram a ocupar a avenida Afonso Pena.
Brasília
Milhares de trabalhadores estão na Esplanada dos Ministérios. O ato, marcado para as 15h, está atrasado. Mais cedo, aproximadamente 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Incra.
Rio de Janeiro
Uma fila de caminhões se formou na rua Leopoldo Bulhões, em frente ao Centro de Operações Postais, do Correios carioca. Isso porque os funcionários da estatal estão paralisados e impedem a chegada e saída de encomendas no local.
Na parte da manhã, o Sindicato dos Petroleiros (Sindpetro) reuniu manifestantes que caminharam pela avenida Graça Aranha até o prédio da Petrobras. Ao mesmo tempo, médicos do Conselho Regional de Medicina (Cremej) se manifestaram, pedindo que os planos de saúde se responsabilizem pelo pagamento de 70% do valor das consultas. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) reuniu 120 pessoas na Cinelândia. Está programado um grande ato unificado para as 15h, na Candelária. A manifestação seguirá pelo centro da cidade.
Porto Alegre
Pelas ruas da capital gaúcha, nenhum ônibus está circulando. A Justiça havia determinado que 50% da frota deveria estar nas ruas no horário de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30), sob pena de multa de R$ 50 mil. Os trens que atendem a região metropolitana também estão parados.
Quase todas as escolas municipais estão fechadas e 48 das 144 unidades de atenção primária em saúde não estão funcionando. A ponte do Guaíba e as avenidas Farrapos, Estação Cairú e Assis Brasil foram ocupadas por manifestantes.
Bahia
As manifestações se concentraram nas rodovias, somente na BR-101 havia até o início da tarde três pontos de interdição: nos quilômetro 694 (Eunápolis), 831 (Itamaraju) e 940 (Teixeira de Freitas).
Além da BR-101, as rodovias BR-116, BR-242 e BR-324 também tiveram presença de manifestantes. Os atos foram organizados por integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Recife
Ainda de madrugada, manifestantes bloquearam os acessos ao complexo industrial de Suape, onde operam 105 empresas. No meio da manhã, os trabalhadores concordaram em liberar as vias, porém o trabalho nas indústrias não recomeçou, por conta do trânsito.