Neste ano, a marcha contesta o PL 7.663/2010, de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que reforça o proibicionismo e a criminalização
Da Redação
[caption id="attachment_24780" align="alignleft" width="300"] Pela primeira vez a Marcha da Maconha terá blocos temáticos representando os diferentes setores que apoiam mudanças na legislação de drogas no país (Foto: Divulgação)[/caption]Acontece neste sábado, 8, em São Paulo, a Marcha da Maconha. A manifestação contará pela primeira vez com blocos temáticos, que, organizados de forma independente, representam os diversos setores que apoiam mudanças na política de drogas no Brasil. Além da capital paulista, a Marcha também ganhará as ruas de Manaus e Petrópolis no mesmo dia.
A concentração para a Marcha da Maconha começa às 14h no vão do Masp, quando haverá intervenções artísticas e o ensaio das baterias. Por volta das 15h, acontecerão aulas públicas e, às 16h20, a marcha segue em direção à Praça da República, onde acontecem shows das 18h às 22h.
Neste ano, a marcha tem o lema “a proibição mata: legalize a vida”. Um dos principais temas que serão abordados pelos manifestantes em São Paulo é o Projeto de Lei 7.663/2010, de autoria do deputado Osmar Terra (PMDB-RS). O PL, aprovado na Câmara e que agora tramita no Senado, reafirma a política de internação involuntária de dependentes químicos, endurece a pena para traficantes e não estabelece critérios claros que diferenciem o usuário do traficante, cabendo então à autoridade policial e ao juiz esta definição.
"Consideramos o projeto um retrocesso, já que encarcera pessoas a partir da internação compulsória e apresenta um texto que não diferencia usuário de traficante", disse em entrevista à Rede Brasil Atual, Thaisa Torres, do coletivo Marcha da Maconha. Segundo ela, o projeto do deputado Osmar Terra é hipócrita, uma vez que endurece as leis contra algumas drogas e é “conivente com o álcool".
Com informações da Rede Brasil Atual.