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Agora falta abrir a planilha de custos do transporte público, suspender temporariamente a licitação para concessões no transporte na cidade e convocar uma Conferência Democrática sobre Mobilidade Urbana
Por Célio Turino, em seu blogue
A passagem abaixou, agora falta abrir a planilha de custos do transporte público, suspender temporariamente a licitação para concessões no transporte na cidade e convocar uma Conferência Democrática sobre Mobilidade Urbana.
Felizmente o prefeito Fernando Haddad e o governador Alckmin (além de todos outros governantes do Brasil, que também baixaram tarifas) ouviram a voz da Multidão e recuaram. Poderiam ter tomado esta decisão antes, evitando maiores transtornos, mas ainda bem que o fizeram. Agora é buscar uma nova repactuação com a sociedade. Como contribuição, republico o artigo que escrevi ontem, enquanto ainda perdurava o impasse sobre o preço da passagem:
[caption id="attachment_25857" align="alignright" width="360"] (Mídia Ninja)[/caption]
Acabo de saber sobre o encontro que o prefeito Fernando Haddad manteve com o Conselho da Cidade (conselho consultivo com representantes de diversos setores) e Movimento Passe Livre.
Neste encontro o prefeito sinaliza que pode baixar a tarifa, desde que criando um novo imposto a ser cobrado na Bomba de Gasolina, sugerindo o corte de ICMS sobre Óleo Diesel (o que, segundo ele, representaria menos 0,07% na tarifa), além de se comprometer a examinar os lucros das empresas de ônibus para “cortar gordura”. Em proposta praticamente unânime, todos os 150 conselheiros defenderam a imediata revogação do aumento da tarifa a partir da redução do lucro das empresas de transportes, ao que, o secretário Jilmar Tatto responde: “Não é possível espremer tanto assim os empresários das concessionárias de transporte para viabilizar a revogação do aumento.” Para justificar a impossibilidade do congelamento da tarifa, o prefeito também faz comparações, dizendo que um congelamento da tarifa até 2016 “seria suficiente para contratar 20.000 médicos ou dobrar a rede de hospitais.”
A seguir com argumentos assim a prefeitura de São Paulo vai se distanciar ainda mais do sentimento da Multidão.
Os tempos mudaram. Agora a negociação é com a Multidão. E para negociar com a Multidão há que escutar, entender, respeitar. E atender. A Multidão não quer seguir sendo enganada com jogos de palavras. Por isso não há representantes hierárquicos. Ou se escuta com respeito e se atende a voz da Multidão, ou se dá as costas a ela. E se enfrenta as consequências.
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