Iniciativa do prefeito Raimundo Macedo (PMDB) ainda determinou um aumento na carga horária dos docentes
Da Redação
[caption id="attachment_24913" align="alignleft" width="300"] Professores protestam contra redução de salários (Foto: Divulgação)[/caption]Os professores da rede municipal de ensino de Juazeiro do Norte, no Ceará, terão os salários reduzidos em 40% e a carga horária aumentada. As mudanças fazem parte do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, aprovado na Câmara dos Vereadores da cidade na última quinta-feira, 6, e enfrentaram protestos de docentes, alunos e da população. De acordo com o Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (SSM), 2 mil professores terão os salários reduzidos em até R$ 650.
A votação do projeto que reduziu a remuneração dos docentes foi tumultuada. Durante a sessão, professores mostravam pacotes de dinheiro e jogavam notas no plenário para que os vereadores pegassem, chamando-os de “comprados”.
O clima ficou ainda mais tenso quando dois professores conseguiram invadir o plenário e foram retirados pela polícia. Os manifestantes chamavam os vereadores de “ladrões”, “quadrilha”, “vendidos” e “bandidos”. E não foram só os professores que ficaram revoltados durante a sessão. O vereador Carlos Luz (PT) teve uma discussão acalorada com o presidente da mesa, Antônio de Lunga (PSC).
Após a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, por 12 votos favoráveis e 4 contrários, os professores muniram-se de ovos para arremessarem contra os vereadores. Na tentativa de dispersar os manifestantes, a PM e a Guarda Municipal fizeram uso de spray de pimenta.
Os únicos vereadores contrários à redução do salário dos professores foram Cláudio Luz (PT), Glédson Bezerra (PTB), Rita Monteiro (PT do B) e Tarso Magno (PR). Eles declararam que pretendem debater a possibilidade de anulação da sessão extraordinária. Diante do corte nos salários, os professores municipais decretaram greve por tempo indeterminado.
A Prefeitura de Juazeiro do Norte justificou o corte no salário dos professores pela necessidade do município enquadrar-se na Lei de Responsabilidade Fiscal e afirmou que o valor pago anteriormente aos docentes não fechava a folha de pagamento municipal. O projeto foi uma iniciativa do prefeito Raimundo Macedo (PMDB).
Com informações do UOL Educação.