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Quatro policiais são acusados de assassinar também Suzana Marcolino, namorada do empresário
Por Igor Carvalho
[caption id="attachment_23635" align="alignleft" width="420"] PC Farias presta depoimento na Justiça Federal (Foto: Sergio Lima/ABr)[/caption]
Nesta segunda-feira (6), às 13h, começa, em Maceió, o júri popular dos quatro policiais acusados de assassinar, no dia 23 de junho de 1996, o empresário PC Farias e sua namorada, Suzana Marcolino. O julgamento será conduzido pelo juiz Maurício Breda.
Os quatro réus, Adeildo Costa dos Santos, Reinaldo Correa de Lima Filho, Josemar Faustino dos Santos e José Geraldo da Silva, foram promovidos na corporação da Polícia Militar e são apoiados pela família Farias, que ainda utiliza os serviços de segurança particular dos acusados.
O Ministério Público Estadual de Alagoas afirma que os policiais foram indiciados por omissão dolosa no suposto duplo homicídio. Os militares afirmam que Suzana assassinou PC Farias e, em seguida, se matou.
Para a promotoria, os seguranças afirmaram não ter escutado tiros e nem tentaram evitar as mortes, por isso, estaria configurada a omissão, o que os colocaria como responsáveis diretos pelo crime, segundo o MPE.
O tesoureiro de Collor
Quando morreu, PC Farias respondia em liberdade a vários processos, entre eles sonegação fiscal, enriquecimento ilícito e falsidade ideológica. O empresário foi tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor de Mello à presidência da República, em 1989.
A versão inicial apontava para um crime passional, o laudo do perito da Universidade de Campinas (Unicamp), Badan Palhares, apontava que Suzana teria assassinado Farias e se matado em seguida, por ciúmes. Os policiais corroboram a versão apontada pelo perito.
Uma perícia paralela é contrária à versão de crime passional. Promovida pelo legista George Sanguinetti, a nova perícia apontou para um duplo homicídio, levando-se em conta a trajetória dos tiros comparada com a posição dos corpos. O legista afirmou que o corpo de Farias foi arrumado por alguém, na cama.