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Maioria dos sete membros sorteados para o júri é jovem e uma das juradas passa mal durante leitura do processo
Por Igor Carvalho
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[caption id="attachment_22705" align="alignleft" width="360"] Plenário está pronto para o começo do Júri Popular (Foto: Igor Carvalho)[/caption]
Nessa segunda-feira (8), 26 dos 84 policiais acusados de assassinarem 111 presos no Massacre do Carandiru começam a ser julgados no Fórum Criminal da Barra Funda. Hoje, além da leitura do processo, devem ser ouvidas as primeiras testemunhas arroladas pela promotoria.
Testemunhas, jurados e promotores preferiram entrar no Fórum pela porta dos fundos, evitando a imprensa, que está presente em grande número no local. Por volta das 11h, foi sorteada a formação do júri. Serão cinco mulheres e dois homens, sendo cinco deles ao menos com idade média abaixo de 30 anos.
Dos 26 réus julgados nesse primeiro bloco, 24 compareceram, outros dois alegaram problemas de saúde para se ausentarem. Os jurados tiveram 60 minutos para ler um resumo do caso e uma das juradas se emocionou durante a leitura e, após chorar, precisou ser retirada do plenário depois de um mal súbito.
Somente 6 das 24 testemunhas compareceram nesse primeiro dia de júri: Luiz Alexandre de Freitas, Marco Antônio de Moura e Daniel Soares, presos presentes no dia do Massacre; os agentes penitenciários Moacir dos Santos e Lelces André Pires de Moraes; e o perito do Instituto de Criminalística Osvaldo Negrini Neto. A expectativa é que eles possam ser ouvidos durante o período da tarde.
O julgamento será dividido em quatro blocos e todos os 84 policiais acusados devem ser julgados até o final de 2013. A previsão de duração desse primeiro bloco é de 10 dias. O intervalo entre um júri e outro deve ser de dois meses.