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Presidente da Câmara pede saída do pastor da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. Carta de renúncia estaria pronta
Por Igor Carvalho
[caption id="attachment_22321" align="alignleft" width="420"] Feliciano, mais uma vez, não conseguiu conduzir a sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara dos Deputados ((Foto: Alexandre Martins/Ag. Câmara)[/caption]
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) pediu uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN) para hoje a noite. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do parlamentar peemedebista.
A reunião estava marcada para começar por volta das 19h. Na tarde dessa quarta-feira (20), Alves pediu a renúncia de Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias. O líder do PSC na Câmara, deputado André Moura, confirmou a informação.
“O presidente [Henrique Alves] fez um apelo para que a gente converse com o pastor Marco Feliciano e analise a possibilidade de ele deixar a presidência da comissão. Vamos cumprir o apelo do presidente. Vamos conversar com o pastor e fazer uma avaliação das manifestações externas e das ponderações do presidente da Casa”, relatou Moura após a conversa com o presidente da Câmara.
Boatos já dão conta de que a carta de renúncia do deputado Feliciano estaria pronta e seria entregue a Henrique Alves durante a reunião. A sessão da Comissão de Direitos Humanos dessa quarta-feira (20) foi tumultuada e Feliciano só exerceu sua função como presidente por oito minutos. Mais uma vez, militantes levaram faixas, vaiaram e impediram o pastor de falar.
Nas últimas duas semanas protestos tomaram conta do país, pedindo a renúncia do deputado Feliciano à frente da CDHM. Além das capitais, o pastor teve que enfrentar manifestações de lideranças evangélicas.
O deputado do PSC foi eleito com onze votos na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Contra si, um discurso que movimentos sociais consideram “racista”e “homofóbico”, além de dois processos no Superior Tribunal Federal (STF): uma acusação de homofobia e uma ação penal por estelionato. A última acusação parte de uma organização gaúcha, que o acusa de ter recebido R$ 13 mil para celebrar cultos nos quais não apareceu.