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Integrante do programa Mais Médicos foi acusado de receitar dose excessiva por uma médica brasileira; comissão formada para apurar o caso conclui que não houve erro
Por Redação
[caption id="attachment_36742" align="alignright" width="304"] Dr. Isoel Gómez Molina: comunidade fez abaixo-assinado de 12 folhas em sua defesa (Foto: Reprodução)[/caption]
O médico cubano Isoel Gómez Molina, que estava sendo acusado de receitar dose excessiva, volta ao posto na próxima segunda-feira (25). Uma comissão formada para apurar o caso concluiu que não houve erro do profissional. O caso aconteceu na segunda-feira passada, quando a diarista Gilmara Santos dos Santos levou seu filho de quase dois anos com febre para se consultar na Unidade Básica de Saúde do conjunto Viveiros em Feira de Santana, na Bahia.
“Trouxe meu filho aqui com febre alta e ele passou dipirona injetável e a em gotas para eu dar em casa. Ele me disse que eram 10 gotas, já que meu filho pesa 10.200 kg, ou seja, uma gota por cada 1 quilo. Se tivesse alguma coisa errada eu mesma teria denunciado”, disse Gilmara. Entretanto, na receita estava prescrita a dosagem de 40 gotas.
Após perceber que seu filho não estava melhorando, a diarista o levou à clínica Feira X, onde foi atendido uma médica brasileira. “Ela me pediu a receita para mostrar a uma outra médica, como não desconfiei entreguei depois de um tempo trancada em uma sala ela retornou e me entregou o documento. Foi aí que vi que estava prescrito 40 gotas”, contou.
A médica denunciou Isoel Gómez, que precisou se afastar da unidade até o caso ser apurado. No entanto, os moradores da comunidade se sentiram prejudicados pela atitude. “Ela não teve ética. Fez algo que não autorizei, o médico me explicou certo, apenas errou. Quem nunca errou? Eles estão com raiva porque os cubanos estão fazendo o trabalho que eles não querem fazer, pois os médicos brasileiros tratam a gente como se fôssemos animais, diferente dos cubanos”, defendeu a diarista Gilmara.
Em nota, a Secretaria de Comunicação (Secom) de Feira de Santana afirmou que o cubano foi ouvido por integrantes do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde de Feira de Santana, da Coordenação Estadual do Programa Mais Médicos e pelo tutor do médico cubano. A comissão concluiu que não houve erro no procedimento adotado pelo médico cubano. Segundo a Secom, o médico Washington Abreu, coordenador estadual do Programa Mais Médicos, afirmou que a dosagem indicada pelo médico cubano está correta. A nota diz que o coordenador explicou que "as 40 gotas indicadas na receita não eram para ser ministradas em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, como consta na receita, desde que a criança sentisse dor ou apresentasse um quadro febril".
Gilmara Santos também deu seu depoimento em defesa de Molina: "Ele me atendeu muito bem. Ele tratou meu filho super bem, porque tem médico que nem olha na cara da mãe e nem da criança". Os moradores fizeram um abaixo-assinado de 12 folhas em defesa do médico.