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Segundo reportagem da revista IstoÉ, procurador não respondeu aos pedidos de cooperação feitos desde 2010
Por Redação
Reportagem publicada na edição deste fim de semana da revista IstoÉ mostra que o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Rodrigo De Grandis não deixou de responder somente um ofício do MP suíço, como vem sendo divulgado, mas sim oito. Os pedidos de cooperação sobre o caso do propinoduto tucano vêm sendo feitos desde 2010.
Durante esta semana, em função da falta de cooperação do MPF, chegou a se anunciar que os promotores suíços haviam decidido arquivar a investigação contra acusados de participarem do esquema de distribuição de propinas a políticos e funcionários públicos. Contudo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ontem (1) que o acordo de cooperação com o MP suíço para investigar o caso foi renovado e os pedidos de investigação feitos pelo órgão devem ser atendidos nos próximos dias.
[caption id="attachment_35446" align="alignleft" width="384"] Prédio do MPF, em Belo Horizonte: seção paulista quase compromete investigação do MP suíço (Andrevruas-Wikimedia Commons)[/caption]
De acordo com a reportagem da IstoÉ, Rodrigo De Grandis recebeu o primeiro documento relativo à investigação suíça em abril de 2010, o ofício 3365 encaminhado pelo Ministério da Justiça. De lá para cá, houve ainda outros sete ofícios, todos não respondidos pelo procurador, que teria sido contatado também por e-mail, além de ter tido conversas telefônicas sobre o caso com autoridades em Brasília.
A respeito da falta de cooperação do MPF brasileiro, De Grandis justificou que teria deixado de responder somente a um pedido feito em 2011, arquivado em uma “pasta errada”. O ofício mencionado pelo procurador pedia, entre outras diligências, que fosse interrogado e investigado o ex-diretor da CPTM João Roberto Zaniboni, acusado de ter recebido US$ 836 mil em função do esquema.
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deu início a um procedimento preliminar para investigar a conduta de Rodrigo de Grandis. O caso não será conduzido pelo procurador, que está licenciado do cargo desde o mês passado até dezembro para concluir seu mestrado.