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Por razões óbvias, os grandes grupos de comunicação no Brasil não querem ouvir sobre marco regulatório, preferem falar. Dizem que mudar as regras do jogo é comprometer a democracia
Por Valdemar Figueredo Filho
Toda a mídia voltada para o identitário, para o sanitário, para o securitário, para o humanitário – para o publicitário. Há no sufixo “-ario” alguma coisa que caracteriza bastante bem nossa cultura como “funerarium” do lugar comum e do pensamento único.
(BAUDRILLARD, Jean. Coll Memories IV: crônicas 1996-2000. São Paulo: Estação Liberdade, 2002. p. 119).
Por razões óbvias, os grandes grupos de comunicação no Brasil não querem ouvir sobre marco regulatório, preferem falar. Dizem que mudar as regras do jogo é comprometer a democracia. Sabemos como se constrói a retórica festiva referente à liberdade do mercado. Estamos aprendendo a reconhecer a retórica sátira que defende a Babel das redes de comunicação nestes termos: na polifonia que controlamos todos se entendem. Haja senso de humor!
Venício A. de Lima tem sido combativo nos seus trabalhos para mostrar que a mídia se tornou palco e objeto das disputas políticas. Os meios de comunicação conquistaram a centralidade da vida humana. Muito embora, a produção de trabalhos acadêmicos com essa problemática é ainda tímida na Ciência Política. Seria exagero conceber a centralidade do poder das redes de comunicação nas análises do poder político no Brasil contemporâneo? Inequivocamente, os donos do poder midiático tiraram da pauta o debate sobre marco regulatório com o descarado argumento de que não é do interesse público.
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